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Apesar de pandemia, China deve crescer 2,2% em 2020

Instituto de Finanças Internacionais destaca que a economia da China mostrou uma reação forte no segundo trimestre, graças ao "controle eficaz da covid-19"

Pessoas de máscaras na China: país foi o epicentro da pandemia, mas conseguiu controlar casos (Stringer / Correspondente/Getty Images)

Pessoas de máscaras na China: país foi o epicentro da pandemia, mas conseguiu controlar casos (Stringer / Correspondente/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 15h19.

Última atualização em 12 de agosto de 2020 às 15h23.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) afirma em relatório que a economia chinesa deve registrar crescimento de 2,2% em todo o ano de 2020. Apenas no segundo semestre, o crescimento no país será de 5,5%, projeta a entidade com a recuperação puxada sobretudo pelo setor manufatureiro e pela construção. O IIF projeta crescimento de 5% apenas no terceiro trimestre e de 6% no quarto trimestre no país.

O IIF destaca que a economia da China mostrou uma reação forte no segundo trimestre, graças ao "controle eficaz da covid-19 e do apoio político". Segundo o instituto, os estímulos na China foram "quase inteiramente voltados para as empresas", o que garantiu uma recuperação rápida da produção industrial, mas deixa a renda das famílias e o consumo ainda em queda. "Políticas de estímulo continuarão a apoiar o crescimento no segundo semestre, especialmente se mais empregos forem criados", projeta.

O setor industrial mostrou retomada mais forte no país no segundo trimestre, aponta o IIF. O investimento em ativos fixos, porém, ainda mostra quadro contido, com o excesso de capacidade e pressões deflacionárias ainda pesando sobre os lucros.

O IIF diz ainda que as exportações mostraram reação além do esperado no segundo trimestre, mas foram impulsionadas por uma forte alta nas encomendas por equipamentos médicos. Com a demanda global fraca, contudo, deve ser difícil que as vendas ao exterior mantenham grande impulso no restante do ano, acredita.

Uma ameaça à recuperação no mais longo prazo para a China é o quadro fraco no emprego e no crescimento da renda, destaca ainda o IIF.

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