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Apesar de eleições, instabilidade política continua na Itália

O resultado parcial das urnas indica vitória do Movimento 5 Estrelas, mas isso não tira o país da instabilidade política em que está mergulhado

Eleições: os italianos foram às urnas para escolher 630 deputados e 315 senadores, em uma votação complexa (Max Rossi/Reuters)

Eleições: os italianos foram às urnas para escolher 630 deputados e 315 senadores, em uma votação complexa (Max Rossi/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de março de 2018 às 09h26.

O resultado da eleição realizada ontem (4) na Itália é importante não apenas para o país, mas também para o futuro da União Europeia.

Os votos ainda não foram totalmente apurados, mas o resultado parcial, que indica vitória do Movimento 5 Estrelas, não tira o país da instabilidade política em que está mergulhado.

Os italianos foram às urnas para escolher 630 deputados e 315 senadores, em uma votação complexa, que mistura políticos eleitos por maioria simples e pelo sistema proporcional.

Mais votado, o Movimento 5 Estrelas tem o jovem líder Luigi Di Maio como principal representante. Apesar de ter conquistado o maior número de assentos, o partido não obteve maioria e não conseguirá formar governo sozinho.

Em segundo lugar ficou a coligação de direita e extrema-direita, que une quatro partidos, entre eles o Força Itália, de Silvio Berlusconi.

Contrariando as pesquisas anteriores, que apontavam o partido de Berlusconi com maior intenção de voto dentro da coligação, o mais votado foi o Liga, um partido anti-europa e anti-imigração, liderado por Matteo Salvani.

No país, que é a terceira economia da zona do euro e que recebeu 600 mil imigrantes nos últimos cinco anos, o movimento de extrema-direita, considerado por muitos como xenófobo, tem se mostrado crescente e assusta os defensores da União Europeia. A coligação tem cerca de 37% dos votos e também não conquistou maioria, deixando o Parlamento em suspenso.

Com a conclusão da apuração, é possível que a Itália continue sem conseguir formar governo. O impasse, que pode levar meses, poderia até acabar em novas eleições.

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