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Apesar de apelo do papa, mulher é executada nos EUA

O papa, em discurso no Congresso dos Estados Unidos, na última quinta-feira, também pediu a eliminação da prática da pena nos Estados Unidos


	Manifestantes contra pena de morte: Kelly foi a primeira mulher a ser executada no estado desde 1945
 (Reuters / Tami Chappell)

Manifestantes contra pena de morte: Kelly foi a primeira mulher a ser executada no estado desde 1945 (Reuters / Tami Chappell)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 09h53.

As autoridades do estado da Georgia, Sudeste dos Estados Unidos, executaram na madrugada de hoje (30) Kelly Gissendaner, 47 anos. Ela foi condenada à morte há 18 anos, pelo assassinato do esposo Douglas Gissendaner, apesar de apelo do papa Francisco.

O papa pediu perdão por meio de carta enviada à Justiça. O papa, em discurso no Congresso dos Estados Unidos, na última quinta-feira, também pediu a eliminação da prática da pena nos Estados Unidos.

Foi a primeira execução na Georgia nos últimos 70 anos. Kelly morreu após receber injeção letal na região metropolitana de Atlanta. Ela é a primeira mulher a ser executada no estado desde 1945.

Ontem (29) à noite a imprensa norte-americana divulgou que várias moções foram apresentadas pelos advogados que acompanhavam o caso perante a Justiça da Georgia e até na Suprema Corte do país para impedir a aplicação da injeção letal.

A execução chegou a ser adiada por algumas horas, mas a decisão final dos juízes foi rejeitar o pedido.

Segundo os advogados de Kelly, os filhos se empenharam em tentar impedir a execução da mãe. A carta com o pedido do papa foi enviada à Junta de Liberdade Condicional da Georgia, assinada e entregue por meio do arcebispo do estado, Carlo María Vigano.

A imprensa local teve acesso à carta, que dizia: "Como representante de sua santidade, faço uma petição urgente e, em seu nome, peço que alterem a pena de morte da senhora Kelly Gissendaner".

Kelly Gissendaner foi condenada por  crime cometido em 1997. Segundo o inquérito policial, ela matou o marido com a ajuda do amante Gregory Owen.

Em sua última refeição, ela pediu batatas fritas, molho de queijo, fajitas nachos (prato típico de comida rápida mexicana feito de carne) e limonada dietética gelada.

Juristas ouvidos pela imprensa norte-americana afirmam que a natureza do crime cometido por ela justificava a pena de morte, porque se aplica a  um tipo de delito em que é prevista a pena de morte no estado.

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