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Apesar de alguns triunfos, esportistas falham nas urnas

Romario e Danrlei lideram nova geração de ex- atletas na política, mas maioria fracassou na tentativa de conseguir vaga

O ex-atacante Romário recebeu 146 mil votos e será deputado federal pelo RJ (Arquivo/Reprodução)

O ex-atacante Romário recebeu 146 mil votos e será deputado federal pelo RJ (Arquivo/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Amparados pela carreira construída no esporte, vários ex-atletas tentaram conquistar um lugar na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa de seus respectivos Estados nas eleições gerais deste domingo. No entanto, a maioria foi rejeitada pelos eleitores e fracassou. Porém, ídolos recentes dos torcedores, como Romário, Danrlei e Marques, se elegeram com votações expressivas.

Apoiado pela torcida do Grêmio, o ex-goleiro Danrlei (PTB) foi o quarto deputado federal com mais votos no Rio Grande do Sul (173.787). Ele superou até mesmo a expressiva votação de Romário (PSB) no Rio de Janeiro. Eleito para a Câmara dos Deputados, o campeão mundial da Copa de 1994 recebeu 146.859 votos e ficou na sexta colocação.

Companheiro de ataque de Romário na conquista do tetracampeonato mundial em 1994, Bebeto (PDT) também tem o que comemorar. O ex-jogador de Vasco, Flamengo e Botafogo recebeu apenas 28.328 votos, mas se elegeu deputado estadual no Rio de Janeiro por conta do coeficiente eleitoral da coligação do seu partido.

Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Bebeto terá a companhia de Roberto Dinamite (PMDB), atual presidente do Vasco e que jogou ao seu lado no ataque do time de São Januário no final da sua carreira. Ele foi reeleito ao receber 39.730 votos. Já o técnico Valdir Espinosa (PDT) não teve sucesso na tentativa de se tornar deputado estadual no Rio, com apenas 2.292 votos.

Em Minas Gerais, Marques (PTB) foi o principal caso de sucesso eleitoral ligado ao esporte. O ex-jogador, que se aposentou neste ano, contou com o apoio maciço do torcedor do Atlético Mineiro para ser o segundo deputado estadual mais votado, com 153.225 votos.

Outro jogador com passagem de sucesso pelo clube mineiro também foi eleito. O ex-goleiro João Leite (PSDB), que está envolvido com a política desde a sua aposentadoria no início da década de 1990, recebeu 84.316 votos para seguir na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Outro ídolo da torcida do Atlético-MG, porém, fracassou na eleição deste domingo. Reinaldo (PV), atualmente vereador de Belo Horizonte, perdeu a disputa para o cargo de deputado federal. O ex-jogador recebeu apenas 22.201 votos.

Ex-jogadores do Corinthians, clube que comemora o seu centenário neste ano, não tiveram sucesso nas urnas. O mais votado foi Marcelinho Carioca (PSB), que tentou mas não conseguiu uma vaga na Câmara dos Deputados, e recebeu 62.397 votos. Vampeta (PTB) também quis se eleger deputado federal, mas teve apenas 15.300 votos. Já Dinei (PDT) não foi eleito deputado estadual, com 18.275 votos.

Ademir da Guia (PPS), que já foi vereador na cidade de São Paulo e é considerado o melhor jogador da história do Palmeiras, não conseguiu uma vaga na Assembleia Legislativa paulista ao receber apenas 17.196 votos.

Na Bahia, o ex-boxeador Popó (PRB) teve votação significativa, mas não conseguiu se eleger deputado federal. Ele foi votado por 60.338 eleitores. O ex-boxeador Maguila (PTN), que tentou se tornar deputado federal por São Paulo, também não teve sucesso, com apenas 2.951 votos.

Eleito vereador em Goiânia, o artilheiro Túlio Maravilha (PMDB) fracassou na tentativa de se tornar deputado estadual em Goiás e recebeu apenas 4.526 votos. Outros ex-jogadores também não conseguiram se tornar deputados estaduais. Robgol (PTB) não foi eleito no Pará, com 11.814 votos, e Harlei (PSDB) perdeu em Goiás, com 167 votos.

A ex-nadadora Rebeca Gusmão (PCdoB), que foi banida do esporte após um polêmico caso de doping, não conseguiu se eleger deputada distrital no Distrito Federal ao receber apenas 437 votos. Já o ex-jogador de vôlei Pampa (PV) não se elegeu deputado federal em São Paulo, com apenas 7.342 votos. E a corredora Maria Zeferina Baldaia (PSDB), campeã da São Silvestre em 2001, perdeu a disputa estadual em São Paulo, com 37.814 votos.

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