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Apenas 35% dos quenianos comparecem às eleições

O resultado abala as esperanças do presidente Uhuru Kenyatta de conseguir unir o país com uma vitória decisiva para um segundo mandato

A primeira eleição, em agosto, foi anulada por tribunais devido a irregularidades no processo (Siegfried Modola/Reuters)

A primeira eleição, em agosto, foi anulada por tribunais devido a irregularidades no processo (Siegfried Modola/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2017 às 08h58.

Nairóbi - Os resultados da nova eleição presidencial do Quênia começaram a sair nesta sexta-feira, com estimativas iniciais de comparecimento abaixo de 35 por cento, abalando as esperanças do presidente Uhuru Kenyatta de conseguir unir o país com uma vitória decisiva para um segundo mandato.

Com quase todos os partidários do líder de oposição, Raila Odinga, seguindo o pedido do político veterano por um boicote à eleição, a vitória de Kenyatta não está em dúvida.

Menos clara, no entanto, é sua habilidade em unir a nação do leste africano, cujas profundas divisões étnicas têm sido expostas durante um sangrento e caótico processo eleitoral prolongado durante os últimos três meses, com múltiplos casos judiciais.

A primeira eleição, em agosto, foi anulada por tribunais devido a irregularidades no processo, negando a Kenyatta uma vitória contra seu adversário político de longa data.

Se os esperados desafios legais não conseguirem tirar o país da crise, incluindo uma possível ordem para a realização de outra eleição, o palco estará formado para um impasse político prolongado e economicamente prejudicial entre as campanhas de Kenyatta e Odinga.

"A não ser que os tribunais anulem a eleição, Kenyatta avançará sem um mandato claro e Odinga buscará uma estratégia de protesto cujas chances de sucesso nas circunstâncias não são muito altas", afirmou o analista do Grupo de Crises Internacionais, Murithi Mutiga.

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