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Apagões: Premiê japonês quer reativados reatores nucleares

Após o Japão desligar seu último reator ativo no dia 5 de maio, a região que abriga a usina de Oi, Kansai só conseguiu gerar 85% da eletricidade

O primeiro-ministro garantiu que o governo e a proprietária da usina de Oi trabalharam durante meses para garantir sua segurança (AFP/Air Photo Service/Ho/Arquivo)

O primeiro-ministro garantiu que o governo e a proprietária da usina de Oi trabalharam durante meses para garantir sua segurança (AFP/Air Photo Service/Ho/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 09h18.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, disse nesta sexta-feira considerar necessária a reativação de dois reatores nucleares da usina de Oi para garantir a segurança 'do povo japonês', em relação à possibilidade de que o país sofra 'apagões' no próximo verão.

Noda explicou em entrevista coletiva que, apesar da reativação de Oi, este 'é um tema que divide o país', mas disse que assume a responsabilidade de proteger a segurança dos japoneses e que 'se aproxima a data para tomar uma decisão'.

Com isso, o chefe de governo do Japão indicou que deverá ordenar em breve à empresa proprietária da usina o reinício das operações, algo que segundo especialistas pode ocorrer na próxima semana.

Após o Japão desligar seu último reator ativo no dia 5 de maio, a região que abriga a usina de Oi, Kansai (segunda mais povoada do país, com mais de 20 milhões de habitantes), só conseguiu gerar 85% da eletricidade que consumiu no verão de 2010.

Noda pediu a compreensão do povo japonês, incluindo a das pessoas afetadas pelo acidente ocorrido em Fukushima, e lembrou que os cortes no fornecimento de energia 'podem provocar situações muito perigosas', e representar um grande custo econômico para o país.

O governante lembrou que, desde a interrupção do funcionamento das usinas nucleares, o Japão depende em grande parte do petróleo - cujo provisão pode nem sempre estar garantida - para produzir eletricidade, o que pode encarecer as tarifas.

O primeiro-ministro garantiu que o governo e a proprietária da usina de Oi trabalharam durante meses para garantir sua segurança, inclusive no caso que ocorrer uma catástrofe natural como a do dia 11 de março. 

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