Venezuela, Nicarágua e Bolívia aceitaram receber Snowden para protegê-lo dos Estados Unidos, mas não há voos diretos de Moscou para esses lugares (Philippe Lopez/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2013 às 13h46.
Moscou - A declaração de um legislador russo, feita em sua conta no Twitter, de que Edward Snowden, ex-prestador de serviço de uma agência espiã dos EUA, teria aceitado a oferta de asilo da Venezuela foi excluída após ter sido publicada nesta terça-feira.
O legislador, Alexei Pushkov, depois tuitou que havia visto a notícia no canal estatal de TV russo Rossiya-24, mas um representante do Rossiya-24 disse que a informação veiculada referia-se ao tuíte inicial de Pushkov.
Pushkov, presidente pró-Kremlin da comissão de assuntos internacionais na Câmara dos Deputados, não pode ser imediatamente contatado para comentar o assunto.
Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores russo não quis comentar de imediato a informação, e a embaixada venezuelana em Moscou não pode ser imediatamente contatada.
Acredita-se que Snowden, procurado pelos Estados Unidos sob a acusação de espionagem após revelar detalhes sobre programas de vigilância secreta, esteja escondido na zona de trânsito de um aeroporto de Moscou, onde chegou em 23 de junho a partir de Hong Kong.
Ele pediu asilo em cerca de 20 países e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse na sexta-feira que havia decidido concedê-lo ao fugitivo norte-americano, de 30 anos. Nicarágua e Bolívia também disseram que o aceitariam.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que Snowden deve escolher um destino final e ir para lá o mais rápido possível, mas não está claro como ele chegaria a qualquer um dos países latino-americanos que lhe ofereceram asilo.
Não há voos diretos de Moscou para Venezuela, Nicarágua ou Bolívia, e autoridades norte-americanas pediram a todas as nações do mundo para não oferecer refúgio a Snowden.