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Ao menos 55 morrem em confronto na República Centro-Africana

Combates no país que está prestes a entrar em colapso, segundo alerta da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorreram no sábado e no domingo


	República Centro-Africana: ex-colônia francesa vive uma situação caótica desde que os rebeldes do norte capturaram a capital Bangui em março
 (Getty Images)

República Centro-Africana: ex-colônia francesa vive uma situação caótica desde que os rebeldes do norte capturaram a capital Bangui em março (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 14h26.

Bangui - Ao menos 55 pessoas foram mortas em confrontos no fim de semana entre homens armados leais ao ex-presidente da República Centro-Africana e ex-rebeldes que o derubaram do poder, disseram nesta segunda-feira o governo e soldados de paz.

Os combates no país que está prestes a entrar em colapso, segundo alerta da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorreram no sábado e no domingo nas proximidades de Bossangoa, na região natal do ex-presidente François Bozize, a cerca de 300 quilômetros a norte da capital.

"As forças de defesa perderam cinco homens, e mais de 50 pessoas foram mortas entre agressores e civis", disse Guy Simplice Kodegue, porta-voz do governo que os rebeldes do movimento Seleka estabeleceram depois de tomarem o poder.

Um comandante da força de paz africana disse que ao menos 60 pessoas haviam morrido.

A ex-colônia francesa vive uma situação caótica desde que os rebeldes do norte capturaram a capital Bangui em março. Os rebeldes foram acusados por uma onda de mortes e abusos que o novo líder Michel Djotodia tem dificuldade de controlar.

"Foram queimadas casas, pessoas foram queimadas vivas, incluindo mulheres, crianças, pessoas idosas que não tinham nada a ver com o conflito. É realmente vergonhoso", disse Kodegue.

Kodegue culpou forças leais a Bozize por lançar ataques. A força de paz regional confirmou que homens armados pró-Bozize estavam envolvidos, e descreveram a situação como caótica.

Bozize, que escapou para o vizinho Camarões, disse à mídia francesa em Paris no mês passado que ainda tem ambições de retornar ao poder.

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