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Ao menos 27 pessoas morrem em nova jornada de violência na Síria

As mortes foram registradas no mesmo dia em que o presidente sírio Bashar al Assad advertiu em discurso que enfrentará 'os terroristas' com punho de ferro

Um membro do Exército Livre da Síria patrulha a vila de Ain al-Baida: de acordo com a ONU, mais de 5 mil pessoas morreram no país desde que começaram os protestos contra Assad
 (Sezayi Erken/AFP)

Um membro do Exército Livre da Síria patrulha a vila de Ain al-Baida: de acordo com a ONU, mais de 5 mil pessoas morreram no país desde que começaram os protestos contra Assad (Sezayi Erken/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 13h37.

Cairo - Ao menos 27 pessoas morreram nesta terça-feira na Síria pela ação repressora das forças leais ao regime de Bashar al Assad, 15 delas na província oriental de Deir ez Zor, segundo informaram os Comitês de Coordenação Local (CCL).

As fontes indicaram que as demais vítimas foram registradas nas províncias de Homs (10), Hama (1), e Qamishli (1), no mesmo dia em que Assad advertiu em discurso que enfrentará 'os terroristas' com punho de ferro.

Em Deir ez Zor, os disparos das forças de segurança sírias para tentar sufocar várias manifestações que pediam a queda do regime de al Assad causaram 15 mortos e ferimentos a mais de 60 pessoas, algumas se encontram em estado muito grave.

Em Homs, a cidade mais castigada pela repressão do regime sírio, uma das vítimas é menor de idade e foi torturada até a morte por soldados. Outra vítima morreu por disparos das forças de segurança contra os presentes em um funeral.

Enquanto, em Hama, um jovem de 18 anos morreu após ter sofrido ferimentos graves pelos disparos de franco-atiradores quando se encontrava no telhado de sua casa.


Enquanto isso, na localidade de Duma, nos arredores de Damasco, várias pessoas que participavam de um funeral ficaram feridas com disparos das forças de segurança no pátio de uma mesquita.

Além disso, segundo os comitês, as forças leais a al Assad tentaram dispersar uma manifestação que saiu em Yisr al Shugur na presença de um grupo de observadores da Liga Árabe.

Alguns dos membros da missão árabe ficaram feridos em ataques condenados pela organização, que denunciou uma 'campanha maliciosa' contra os observadores para fracassar seu trabalho.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, disse nesta terça-feira que a reação provém de 'elementos' pró-governo e da oposição, e responsabilizou o regime por garantir a segurança dos observadores.

No domingo, o grupo de contato para a Síria da Liga Árabe, liderado pelo Catar, decidiu dar mais tempo à missão para que complete seu trabalho e aumentar o número de integrantes, que chegará a 200 no final desta semana.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, mais de 5 mil pessoas morreram na Síria desde que começaram em meados de março os protestos contra o regime de al Assad, que acusa 'grupos armados terroristas' de estarem por trás das mortes. 

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