Síria: pelo menos 40 são menores de idade e 21 mulheres (Khalil Ashawi/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 12h10.
Beirute - Pelo menos 143 civis morreram desde 30 de dezembro nas áreas onde vigora a trégua na Síria, já que delas estão excluídas as regiões onde estão presentes o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e a Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al Nusra, ex-braço sírio da Al Qaeda), informaram nesta segunda-feira ativistas Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Por outro lado, nos territórios da Síria em que o cessar-fogo não está sendo aplicado morreram pelo menos 205 civis.
Além disso, o OSDH destacou que, das 143 pessoas mortas na região da trégua, pelo menos 40 são menores de idade e 21 mulheres.
O maior número de civis, 52, morreu em bombardeios de aviões não identificados contra a província de Idlib, no noroeste do país, assim como contra partes do oeste e do sul de Aleppo, também no noroeste, e nas regiões de Ghouta Oriental e do vale do rio Barada, nos arredores da capital Damasco.
O restante perdeu a vida por disparos da artilharia do exército sírio, pelo lançamento de projéteis por parte dos rebeldes e por tiros de franco-atiradores pró-governo.
Quanto aos 205 civis mortos na região onde não vigora o cessar-fogo, 42 eram menores de idade e 24 mulheres.
A maior apuração de vítimas mortais foi registrada na província nordeste de Deir ez Zor, onde pelo menos 62 pessoas morreram por bombardeios de aviões de combate não identificados e pelo impacto de foguetes lançados pelo EI.
A essas mortes se somam outras 29 de civis em Deir ez Zor e na província vizinha de Al Raqqa, o principal reduto do EI na Síria, por ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Além disso, os bombardeios da força aérea turca resultaram na morte de pelo menos 58 civis na população de Al Bab e em outras localidades ocupadas pelo EI na região de Aleppo.
Os restantes perderam a vida em ataques de aviões desconhecidos e disparos da artilharia turca.
Hoje começaram em Astana, no Cazaquistão, negociações indiretas entre uma delegação do regime sírio de Bashar al Assad e outra da oposição, auspiciadas por Rússia, aliada das autoridades sírias, e Turquia, que apoia a oposição.
A manutenção deste diálogo faz parte do acordo de trégua na Síria conseguido em dezembro entre Rússia e Turquia.