Ataque a sinagoga: pessoas em luto em Halle, na Alemanha, para homenagear as vítimas (Hannibal Hanschke/Reuters)
Reuters
Publicado em 11 de outubro de 2019 às 11h28.
Karlsruhe, Alemanha — O homem acusado de matar duas pessoas a tiros perto de uma sinagoga de Halle, no leste da Alemanha, confessou o crime e uma motivação antissemita e de extrema-direita, informaram procuradores nesta sexta-feira.
Procuradores descreveram como Stephan B., que publicou um manifesto racista e antissemita e transmitiu o ataque ao vivo na quarta-feira, matou dois transeuntes depois de tentar entrar sem sucesso na sinagoga.
Só sua mira ruim e a falta de qualidade de suas armas caseiras o impediram de ferir outras nove pessoas contra as quais ele disparou durante o atentado de meia hora, disseram procuradores federais em sua sede na cidade de Karlsruhe.
A primeira vítima, uma transeunte que gritou com o agressor enquanto ele tentava abrir caminho a tiros para a sinagoga, onde a congregação comemorava a data religiosa do Yom Kipur, tinha 40 anos, disseram.
Minutos mais tarde ele atacou um restaurante de kebab próximo, ferindo uma pessoa que caiu no chão enquanto outros funcionários e clientes fugiam. Stephan B. voltou ao seu carro para pegar outra arma, com a qual matou o homem ferido com vários outros tiros, segundo os procuradores.
Ele errou nove outros alvos, que incluíram policiais em seu encalço, porque suas armas travaram ou porque sua mira é ruim, acrescentaram.
Os advogados do suspeito ainda não se pronunciaram publicamente.