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Antigo aliado de Bo Xiali é acusado de deserção e abusos

O Tribunal de Chengdu se encarregou do caso e julgará Wang em uma data ainda não anunciada, informou nesta quinta-feira a agência oficial "Xinhua"


	Ex-dirigente do Partido Comunista chinês Bo Xilai: em março, Bo foi destituído do comando do partido em Chongqing
 (Reuters)

Ex-dirigente do Partido Comunista chinês Bo Xilai: em março, Bo foi destituído do comando do partido em Chongqing (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 16h18.

Pequim - O ex-chefe de polícia da cidade chinesa de Chongqing, Wang Lijun, considerado o "número dois" do outrora alto dirigente Bo Xilai, enfrenta quatro acusações por deserção, corrupção e abuso de poder.

O Tribunal de Chengdu se encarregou do caso e julgará Wang em uma data ainda não anunciada, informou nesta quinta-feira a agência oficial "Xinhua".

Wang detonou o maior escândalo político na China na última década, quando no último mês de fevereiro tentou refugiar-se no consulado americano em Chengdu.

Ali, aparentemente, denunciou uma série de más práticas de Bo Xilai - então seu chefe direto e, como secretário-geral do Partido Comunista da China em Chongqing, uma estrela nas esferas de poder do país - e revelou que a morte três meses antes do empresário britânico Neil Heywood nessa cidade não havia sido um acidente.

Wang abandonou o consulado com seus próprios pés e ficou sob custódia das autoridades chinesas e desde então não foi visto em público novamente.

Em março, Bo foi destituído do comando do partido em Chongqing. Poucos dias mais tarde foi anunciado que sua esposa, Gu Kailai, era considerada suspeita da morte de Heywood, um antigo amigo da família com o qual tinha mantido diferenças por assuntos econômicos.

Gu foi declarada culpada no mês passado pelo assassinato com premeditação do empresário recebeu uma condenação à pena de morte suspensa, o que na prática equivale à prisão perpétua.

As acusações apresentados contra Wang também podem condená-lo à morte. 

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