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Ano será para crescer na convicção da misericórdia, diz Papa

Em uma cerimônia marcada pelo forte esquema de segurança, Francisco fez um discurso dedicado à misericórdia, principal tema deste Jubileu


	Ano da misericórdia: "Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo caso, o julgamento de Deus sempre será à luz da misericórdia"
 (Max Rossi / Reuters)

Ano da misericórdia: "Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo caso, o julgamento de Deus sempre será à luz da misericórdia" (Max Rossi / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 07h39.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco afirmou nesta terça-feira, antes de abrir a Porta Santa, que o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que termina em 20 de novembro de 2016, "será um ano para crescer na convicção da misericórdia".

"Entrar pela Porta (Santa) significa descobrir a profundidade da misericórdia do pai que acolhe todos e sai pessoalmente ao encontro de cada um", afirmou o pontífice no Vaticano, diante de milhares de fiéis de todo o mundo.

"Quanta ofensa se faz a Deus e a sua graça quando se afirma, sobretudo, que os pecados são castigados por seu julgamento, em vez de antepor que são perdoados por sua misericórdia", disse o Francisco na Praça de São Pedro, onde também esteve o papa emérito Bento XVI.

Em uma cerimônia marcada pelo forte esquema de segurança, Francisco fez um discurso dedicado à misericórdia, principal tema deste Jubileu Extraordinário.

"Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo caso, o julgamento de Deus sempre será à luz da misericórdia. Atravessar a Porta Santa, portanto, nos faz sentir como parte deste mistério de amor", afirmou o pontífice.

Francisco também lembrou que a realização deste ano santo tem um significado especial, pois ocorre no 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II (1962-1965). O papa reiterou a importância desta data na história da Igreja Católica, não só pela "riqueza dos documentos produzidos", mas também porque foi "um verdadeiro encontro entre a Igreja e os homens de então".

"Um encontro marcado pelo poder do Espírito que empurrava a Igreja a superar os empecilhos que durante muitos anos tinham a recluído em si mesma, para retomar com entusiasmo o caminho missionário", completou o papa.

Nesse sentido, Francisco pediu que esse "impulso missionário" seja recuperado com a "mesma força e entusiasmo" no Ano Santo.

"O Jubileu nos provoca essa abertura e nos obriga a não descuidarmos do Espírito surgido no Vaticano II, o do Samaritano, como lembrou o beato Paulo VI na conclusão do Concílio. Atravessar hoje a Porta Santa nos compromete a fazer nossa misericórdia do Bom Samaritano", concluiu o papa.

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