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Annan se diz 'otimista' após manter segunda reunião com Assad

Segundo uma fonte que acompanhou a reunião, conversa entre Al Assad e Kofi Annan foi "muito franca e positiva"

Bashar Al Assad, ditador da Síria, conversou com Kofi Annan, da ONU, pela segunda vez (Getty Images)

Bashar Al Assad, ditador da Síria, conversou com Kofi Annan, da ONU, pela segunda vez (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h37.

Damasco - O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, se declarou 'muito otimista' após se reunir neste domingo pela segunda vez com o presidente sírio, Bashar Al Assad, informou à Agência Efe um fonte da ONU em Damasco.

'Ele manteve uma conversa muito franca e positiva com Assad e está muito otimista em conseguir um avanço', explicou a fonte, que acrescentou que Annan se dirigiu ao aeroporto de Damasco para tomar um voo rumo ao Catar, de onde posteriormente se dirigirá ao Cairo.

O vice-ministro das Relações Exteriores sírio, Faisal Miqdad, acompanhou Annan ao aeroporto, relatou a fonte, que concordou em falar sob a condição de manter o anonimato.

Em sua visita a Doha, Annan deve se reunir com membros da oposição no exílio e após passar novamente pelo Cairo, onde iniciou sua viagem na última quarta-feira, deixará a região, 'mas voltará a Damasco muito em breve', segundo a mesma fonte.

O otimismo de Annan contrasta com a recusa expressada neste domingo por Assad de cessar a violência enquanto houver 'grupos terroristas que trabalham para semear o caos'.

O enviado da ONU e da Liga Árabe se reuniu neste domingo previamente com os líderes das comunidades religiosas na Síria, entre eles o grande mufti Bared el Din Hasun, a maior autoridade sunita, e o patriarca da Igreja Greco-Ortodoxa, Zaka Iwas.

No sábado, Annan manteve reuniões com os dirigentes do principal grupo da oposição interna, Hassan Abdel Azim e Abdul-Aziz al-Khair, assim como com o histórico opositor sírio Luay Hussein.

Em declarações à Agência Efe Abdel Azim insistiu neste domingo que os opositores a Assad não dialogarão com o regime caso não seja decretado um cessar-fogo e a violência não seja interrompida.

Para isso, acredita que seja preciso criar um 'ambiente adequado para poder resolver a crise'.

'Qualquer negociação para uma etapa de transição requer primeiro um cessar-fogo e a libertação dos detidos', destacou o líder opositor.

Apesar dos apelos, a violência continua por mais um dia na Síria, com a ofensiva das Forças Armadas contra a cidade rebelde de Idlib, no norte do país, onde milicianos do Exército Livre Sírio tentam opor resistência ao avanço militar governamental.

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