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Anistia russa pode libertar Pussy Riot, beneficiar ativistas

Integrantes presas da banda punk podem ser soltas e 30 pessoas que foram detidas durante um protesto do Greenpeace podem escapar da prisão


	Nadezhda Tolokonnikova, membro da banda "Pussy Riot": Putin planeja a anistia para este mês para marcar o aniversário de adoção da Constituição russa pós-comunista, em 1993
 (Maksim Blinov/AFP)

Nadezhda Tolokonnikova, membro da banda "Pussy Riot": Putin planeja a anistia para este mês para marcar o aniversário de adoção da Constituição russa pós-comunista, em 1993 (Maksim Blinov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 10h52.

Moscou - Duas integrantes presas da banda punk de protesto Pussy Riot podem ser soltas e 30 pessoas que foram detidas durante um protesto do Greenpeace podem escapar da prisão como parte de uma anistia proposta pelo presidente russo, Vladimir Putin, disseram advogados nesta terça-feira.

Putin planeja a anistia para este mês para marcar o aniversário de adoção da Constituição russa pós-comunista, em 1993.

De acordo com um esboço do texto disponível na página de Internet da Câmara dos Deputados, pessoas condenadas por vandalismo serão soltas sob a anistia. Esta é a acusação contra as integrantes do Pussy Riot Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, que cumprem pena de dois anos de prisão devido ao protesto que realizaram contra Putin dentro de uma catedral.

"Tenha grande esperança que sim", disse a advogada de Tolokonnikova, Irina Khrunova, quando perguntada se acreditava que sua cliente --que tem previsão de soltura em março- seria solta até 1º de janeiro. "Caso as autoridades prisionais atrasarem isso, vamos tomar medidas." Trinta pessoas presas após um protesto do Greenpeace em uma plataforma de petróleo no Ártico, em setembro, também são acusadas de vandalismo, pelo que podem ser condenadas a até sete anos de prisão. Todas as 30, incluindo uma brasileira, foram soltas sob fiança mas ainda aguardam julgamento.

Mikhail Fedotov, chefe do conselho sobre direitos humanos do Kremlin, disse acreditar que os detidos pelo protesto do Greenpeace são elegíveis à anistia. Um funcionário da Câmara dos Deputados, que pediu anonimato, também disse crer que os 30 seriam beneficiados.

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