A cidade do Rio de Janeiro é uma das possíveis sedes da Anistia Internacional no país (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2011 às 19h10.
Rio de Janeiro – A Anistia Internacional vai abrir um escritório no Brasil nos próximos seis meses. O secretário-geral da entidade, Salil Shetty, que está no Brasil para conhecer os problemas sociais que o país enfrenta, disse hoje (26) que o escritório será criado por ocasião da comemoração dos 50 anos da organização.
“A Anistia trabalha com questões de direitos humanos há quatro décadas no Brasil, mas, agora, devido à importância crescente do país no âmbito internacional, vimos a necessidade de abrir um escritório e ter uma presença mais forte aqui.”
Shetty explicou que a cidade onde o escritório da entidade funcionará ainda não foi escolhida, mas que certamente será São Paulo ou Rio. “Claro, temos planos de estender nossa presença no país e, futuramente, ter escritórios em diferentes cidades e ajudar a sociedade e as autoridades a enfrentarem os diversos desafios no que diz respeito aos direitos humanos”.
Ele participou nesta manhã de uma audiência da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio. O presidente da comissão, Marcelo Freixo (P-SOL), comemorou a instalação de um escritório da Anistia no país e disse que fará “lobby” para que o Rio seja a cidade escolhida. “É um fortalecimento enorme que o Rio e o Brasil ganham com a reaproximação da Anistia abrindo um escritório aqui”.
Também hoje, antes da audiência na comissão, Shetty esteve com integrantes da Plataforma BNDES que propõem a democratização dos investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Ontem (25), ele esteve com 20 parentes de vítimas de violência policial, no bairro carente Cidade Alta, zona norte da cidade. Amanhã (27), o secretário-geral da Anistia Internacional vai a Brasília participar de audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
A Anistia Internacional tem mais de 2,2 milhões de membros e colaboradores, em mais de 150 países e regiões.