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Anistia pede anulação de sentença de morte de 183 no Egito

Foram condenados a morte 183 seguidores da organização islamita Irmandade Muçulmana, pro tribunal no sul do Egito


	Membro da Irmandade Muçulmana, no distrito de Nasr City, Cairo
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membro da Irmandade Muçulmana, no distrito de Nasr City, Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2014 às 09h43.

Londres- Anistia Internacional (AI) pediu neste sábado ao Egito para anular a condenação a morte de 183 seguidores da organização islamita Irmandade Muçulmana.

'Os veredictos neste caso são o último exemplo do empenho do judiciário egípcio por achatar a dissidência. As autoridades egípcias devem anular essas sentenças e voltar a julgar os acusados em processos justos', disse AI em comunicado emitido em Londres.

Para Hassiba Hadj Sahraoui, vice-diretora para o Oriente Médio e o Norte da África da organização, 'nos últimos meses, os tribunais egípcios parecem ter ditado sentenças de morte superficialmente, incluindo os dois juízos maciços sustentados sobre provas fracas e procedimentos defeituosos'.

O tribunal penal de Minya (sul do Egito) condenou hoje a morte 183 pessoas, entre elas o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, por distúrbios e atos de violência nessa província o agosto do ano passado.

Para Anistia internacional, a sentença é dada após um processo injusto no qual o tribunal interrogou 50 testemunhas e 74 acusados sem a presença de advogados. A entidade ressaltou que a 'confusão' que rodeia esse processo ficou exemplificada no caso de um dos acusados que foi condenado, ao mesmo tempo, à pena de morte e a 15 anos de prisão.

'O sistema judiciário egípcio é errático, no melhor dos casos, enquanto suas decisões levantam sérias dúvidas sobre sua independência e imparcialidade', disse Hassiba. EFE

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