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Anistia Internacional teme crise migratória na Ásia

As Nações Unidas estimam que, no primeiro semestre, cerca de 31 mil pessoas tenham feito a perigosa travessia da Birmânia e de Bangladesh com destino à Malásia


	Migrações na Ásia: as Nações Unidas estimam que, no primeiro semestre de 2015, cerca de 31 mil pessoas tenham feito a perigosa travessia da Birmânia e de Bangladesh com destino à Malásia
 (Manan Vatsyayana/AFP)

Migrações na Ásia: as Nações Unidas estimam que, no primeiro semestre de 2015, cerca de 31 mil pessoas tenham feito a perigosa travessia da Birmânia e de Bangladesh com destino à Malásia (Manan Vatsyayana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2015 às 06h17.

A Anistia Internacional pediu hoje (21) aos governos do Sudeste Asiático que tomem medidas medidas urgentes para evitar nova crise migratória na região, semelhante à que ocorreu em maio deste ano.

As Nações Unidas estimam que, no primeiro semestre de 2015, cerca de 31 mil pessoas tenham feito a perigosa travessia da Birmânia e de Bangladesh com destino à Malásia.

Muitos passageiros, a maioria muçulmanos birmaneses de etnia rohingya e migrantes de Bangladesh, caíram nas mãos de traficantes, que os mantiveram cativos em barcos durante meses.

Em relatório publicado hoje, a Anistia Internacional mostra as constantes agressões, violações e homicídios relatados em entrevistas por 180 sobreviventes.

“A verdade é que aqueles com quem temos falado são ‘sortudos’ por terem chegado à costa. Muitos morreram no mar ou foram traficados para campos de trabalho forçado”, diz Anna Shea, pesquisadora da organização.

Com o fim do período das monções (variação climática que ocorre no Sul e Sudeste da Ásia), a organização alerta que milhares de pessoas podem voltar a arriscar-se no mar e que existe o risco de repetição dos acontecimentos de maio, quando os traficantes deixaram à deriva centenas de pessoas, depois de a Tailândia e a Malásia terem iniciado campanha para combater as redes de tráfico humano que atuam na região.

“Os governos devem fazer mais para prevenir a repetição dessa tragédia humana”, afirma a pesquisadora, recomendando maior cooperação entre os executivos regionais.

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