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Anistia Internacional acusa palestinos de crimes de guerra

Documento é publicado num momento em que a Autoridade Palestina anunciou que irá ao Tribunal Penal Internacional para processar líderes israelenses

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 12h17.

Jerusalém - A organização Anistia Internacional acusou nesta quinta-feira grupos palestinos de terem cometido crimes de guerra durante o conflito em Gaza em 2014, e afirmou que os foguetes lançados a partir da Faixa mataram civis, tanto israelenses quanto palestinos.

"No ataque mais mortífero, que acredita-se que tenha sido responsabilidade de um grupo armado palestino, 13 civis palestinos morreram, 11 dos quais eram crianças, que morreram quando um projétil explodiu perto de um supermercado" no campo de refugiados de al-Shati, disse o documento.

Este relatório contradiz fontes médicas palestinas, que afirmavam que o ataque havia sido lançado por Israel.

"Uma equipe de especialistas em armamento que examinou a evidência à qual a Anistia Internacional teve acesso concluiu que o projétil utilizado no ataque era um foguete palestino", afirmou o grupo.

Segundo a organização, este tipo de ataque contra civis viola a lei internacional e constitui "um crime de guerra".

"Grupos armados palestinos, incluindo o braço armado do Hamas, lançaram ataques ilegais de maneira reiterada durante o conflito", disse Philip Luther, diretor do programa para o Oriente Médio e o Norte da África da Anistia Internacional.

Este documento é publicado num momento em que a Autoridade Palestina anunciou que irá ao Tribunal Penal Internacional para processar líderes israelenses.

A ONG lembrou que em duas investigações anteriores havia acusado Israel de ter cometido crimes de guerra e disse que durante este conflito, que afetou 1,8 milhão de pessoas na Faixa de Gaza, as forças israelenses realizaram ataques que podem constituir "crimes de guerra" e que devem ser investigados.

"O devastador impacto dos ataques israelenses contra os civis palestinos durante este conflito é inegável, mas as violações cometidas por uma parte durante o conflito não podem nunca justificar as violações lançadas por seus adversários", afirmou Luther em um comunicado, em referência específica à morte de seis civis israelenses, incluindo um menino de quatro anos, que morreram por tiros lançados a partir da Faixa de Gaza.

O conflito que se estendeu por cinquenta dias no verão boreal de 2014 deixou 2.200 mortos palestinos e mais de 10.000 feridos. Mais de 70 pessoas, em sua maioria soldados, morreram do lado israelense.

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