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Anistia Internacional acusa exército dos EUA de matar civis na Somália

Organização afirma que 14 civis morreram e outros 7 ficaram feridos em cinco ataques aéreos atribuídos às forças militares americanas

Somália: entidade diz que soldados dos EUA deixaram vítimas colaterais, inclusive de ataques indiscriminados contra civis, onde morreram fazendeiros, trabalhadores e crianças (Feisal Omar/File Photo/Reuters)

Somália: entidade diz que soldados dos EUA deixaram vítimas colaterais, inclusive de ataques indiscriminados contra civis, onde morreram fazendeiros, trabalhadores e crianças (Feisal Omar/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de março de 2019 às 09h42.

A Anistia Internacional acusou o exército dos Estados Unidos de ocultar mortes de civis em repetidos ataques contra os radicais islâmicos shebab na Somália, informação negada por Washington, que afirma que não matou qualquer civil local desde o início de 2017.

No relatório divulgado nesta terça-feira, com o nome de "A guerra oculta dos Estados Unidos na Somália", a organização protetora dos direitos humanos garante que 14 civis morreram e outros sete ficaram feridos em cinco ataques aéreos atribuídos às forças militares americanas.

Estes cinco ataques ocorreram entre 16 de outubro de 2017 e 9 de dezembro de 2018 em Lower Shabelle (sudoeste), uma das áreas controladas pelos shebab, aliados da Al-Qaeda.

A entidade acusa os soldados dos EUA de terem deixado vítimas colaterais, inclusive de ataques indiscriminados contra civis, onde morreram fazendeiros, trabalhadores e crianças.

"Estes ataques, foram dirigidos contra civis, ou aqueles que planejaram a ação falharam ao tomar medidas adequadas para verificar que os objetivos não fossem de natureza civil, ou aqueles que realizaram o ataque não puderam cancelar ou suspender o ataque quando ficou evidente que estava mal dirigido ou que o ataque poderia ser desproporcional. Como resultado, os ataques parecem violar o princípio de distinção ou proporcionalidade", aponta o relatório.

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