Urso panda em zoológico: relatório informou que as exigências da humanidade são atualmente 50% maiores do que a natureza suporta (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2014 às 21h23.
Genebra - As populações mundiais de peixes, pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram no total 52 por cento entre 1970 e 2010, muito mais rápido do que se pensava anteriormente, afirmou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) nesta segunda-feira.
O Relatório Planeta Vivo, publicado pela entidade conservacionista a cada dois anos, informou que as exigências da humanidade são atualmente 50 por cento maiores do que a natureza suporta, e a derrubada de árvores, o bombeamento de água do subsolo e a emissão de dióxido de carbono ocorrem mais rápido do que a Terra leva para se recuperar.
“Este dano não é inevitável, mas uma consequência da maneira que escolhemos para viver”, disse Ken Norris, diretor de ciência da Sociedade Zoológica de Londres, em um comunicado.
Mas ainda há esperança, se políticos e empresários adotarem a ação certa para proteger a natureza, pontuou o relatório.
“É essencial aproveitarmos a oportunidade – enquanto podemos – para desenvolver a sustentabilidade e criar um futuro no qual as pessoas possam viver e prosperar em harmonia com a natureza”, afirmou o diretor-geral internacional da WWF, Marco Lambertini.
A investigação sobre as populações de vertebrados revelou que os maiores declínios aconteceram nas regiões tropicais, especialmente na América Latina. O “Índice Planeta Vivo” da WWF se baseia em tendências nas 10.380 populações de 3.038 espécies de peixes, pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis.
A pior queda foi entre populações de espécies de água doce, que diminuíram em 76 por cento ao longo de quatro décadas até 2010, enquanto as cifras de animais marinhos e terrestres sofreram uma queda de 39 por cento.