17 milhões de visons foram sacrificados após surto de coronavírus (Ole Jensen/Getty Images)
Reuters
Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 12h52.
Cadáveres de visons em estado de decomposição enterrados em valas coletivas na Dinamarca após um abate nacional podem ter contaminado a água subterrânea, noticiou a Radio4 local nesta quinta-feira, citando um relatório de uma agência do governo.
O governo dinamarquês ordenou o abate de cerca de 17 milhões de visons no início de novembro depois que surtos de coronavírus atingiram vários criadouros e as autoridades encontraram linhagens do vírus que sofreram mutações entre pessoas.
O desafio logístico de descartar um número tão grande de animais mortos levou as autoridades a enterrar parte dos visons em valas de uma área militar no oeste do país sob dois metros de terra.
Mais tarde, o governo disse que queria voltar a enterrá-los porque alguns ressurgiram das valas coletivas – muito provavelmente os gases do processo de decomposição os empurraram para fora da terra, o que lhes rendeu o apelido de "visons zumbis" nos jornais.
O novo estudo diz que a água subterrânea da área já pode ter sido contaminada e exorta as autoridades a agirem com rapidez, noticiou a Radio4.
O relatório foi encomendado pela Agência Dinamarquesa de Proteção Ambiental no final de novembro e preparado pela Vigilância Geológica da Dinamarca e da Groenlândia e a Universidade Técnica da Dinamarca, segundo a rádio.
A Agência Dinamarquesa de Proteção Ambiental, que não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters, está realizando exames adicionais para verificar o impacto ambiental das valas coletivas.