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Animais escapam de zoológico após inundações na Geórgia

Inundações na Geórgia causam morte de ao menos dez pessoas e fuga de animais violentos do zoológico local

Geórgia: animais fugiram de zoológico e pessoas morreram após inundações (REUTERS/Beso Gulashvili)

Geórgia: animais fugiram de zoológico e pessoas morreram após inundações (REUTERS/Beso Gulashvili)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2015 às 10h54.

Ao menos dez pessoas morreram e várias outras seguem desaparecidas nas inundações em Tbilisi, que destruíram parte de um zoológico, libertando leões, tigres e hipopótamos pelas ruas da capital da Geórgia.

As autoridades pediram aos moradores para permanecer em casa enquanto a busca pelos animais ainda estava em andamento no início da tarde deste domingo.

"Cerca de 20 lobos, oito leões, tigres brancos, chacais, jaguares, foram abatidos pelas forças especiais ou estão desaparecidos. Apenas três de nossos 17 pinguins foram salvos", lamentou a porta-voz do zoológico, Mzia Charachidze.

Imagens da emissora Rustavi 2 TV mostraram um hipopótamo nadando nas ruas alagadas do centro de Tbilissi, com os socorristas lutando para tentar capturar o animal com pistolas tranquilizantes.

Outras imagens postadas nas redes sociais mostravam um jacaré se debatendo entre os carros de um estacionamento ou um urso pendurado em um ar-condicionador na parede de um edifício.

O balanço provisório das autoridades indica dez mortos nas inundações, incluindo socorrista, e "vários" desaparecidos, além de 36 hospitalizações.

"Os corpos de três pessoas foram encontrados dentro do zoológico. Dois deles eram de funcionários" do estabelecimento, informou a porta-voz do zoológico.

"A maior parte do zoológico está destruída. É um turbilhão infernal", desabafou.

As inundações foram causadas pela cheia do rio Vere que, após várias horas de chuvas torrenciais, transbordou no centro da cidade, invadindo ruas, casas, mas também o jardim zoológico.

Dezenas de famílias foram obrigadas a deixar suas casas e milhares de pessoas ficaram sem eletricidade e água potável na capital da Geórgia, onde 1,2 milhões de pessoas vivem.

As equipes do ministério do Interior socorreram muitas pessoas por helicóptero, enquanto as chuvas torrenciais causaram um deslizamento de terra em uma estrada fora de Tbilisi.

O presidente Giorgi Margvelachvili ofereceu suas condolências às famílias das vítimas depois de visitar áreas devastadas pelas inundações.

"As perdas humanas que tivemos são insuportáveis", afirmou, enquanto observava as operações de limpeza sob as câmeras de televisão.

O primeiro-ministro, Irakli Garibachvili, também evocou "danos significativos" para a infraestrutura da cidade.

O patriarca da Igreja Ortodoxa da Geórgia, Ilia II, evocou por sua vez uma punição divina para explicar as inundações.

"Quando os comunista ocuparam a Geórgia (...) ordenaram que os sinos das igrejas fossem fundidos, o metal foi revendido e o zoológico foi construído com este dinheiro", afirmou em seu sermão dominical.

"O zoo foi construído com este dinheiro e por isso não pode prosperar. Um pecado nunca permanece sem punição", acrescentou.

Em maio de 2012, cinco pessoas morreram em Tbilisi por inundações causadas pelas fortes chuvas.

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