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Angola conta com primeiro censo desde 1970

Segundo presidente, pesquisa irá ajudar a acelerar o fornecimento de serviços básicos no país


	Angola: último censo foi realizado em 1970, quando Angola ainda era governada por Portugal
 (Wikimedia Commons/Beth Balboni)

Angola: último censo foi realizado em 1970, quando Angola ainda era governada por Portugal (Wikimedia Commons/Beth Balboni)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 21h51.

Luanda - Angola iniciou seu primeiro censo populacional em quatro décadas nesta sexta-feira, uma pesquisa que o presidente, José Eduardo dos Santos, disse que irá ajudar a acelerar o fornecimento de serviços básicos no país rico em petróleo onde mais de um terço das pessoas vivem na pobreza.

O último censo foi realizado em 1970, quando Angola ainda era governada por Portugal. A longa interrupção foi causada por uma guerra civil de 27 anos que começou após a independência de 1975 e só terminou doze anos atrás.

Credita-se ao presidente Santos, que governa o segundo maior produtor de petróleo da África desde 1979, o rápido crescimento econômico desde o conflito.

Mas ele também foi acusado por seus adversários e por grupos de direitos humanos de fazer muito pouco para combater a pobreza, que ele diz afetar 36 por cento de uma população estimada em 18 a 20 milhões de pessoas.

“O caminho a percorrer ainda é longo até alcançarmos o bem-estar e a riqueza para todos”, disse ele em uma entrevista televisionada. “Para alcançar este objetivo mais rápido… precisamos saber quantos e onde estamos como um primeiro passo para organizar melhor nossa sociedade”.

Durante duas semanas, quase 80 mil jovens angolanos irão visitar lares de todo o país, coletando dados sobre os moradores e suas condições de vida, como acesso à eletricidade, água e emprego.

“É muito importante, por isso estou orgulhoso de participar e ajudar a melhorar o país”, disse Vitoria Carlos, que supervisiona uma equipe de cinco agentes no bairro de Maianga, em Luanda.

O censo é o primeiro de muitos angolanos, e as autoridades temem que alguns relutem em responder, refletindo a desconfiança que muitos ainda sentem em relação a estranhos e às autoridades depois de décadas de conflito.

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