Usina de Santo Antonio: a hidrelétrica terá direito a alagar uma área maior do que a inicialmente prevista, de 350 km² para 430 km², e contará com uma queda dágua mais elevada (Santo Antonio/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 11h15.
Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) encerrou ontem, 2, uma disputa de quase três anos entre as usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), em torno da capacidade de produção de energia dos empreendimentos.
O órgão regulador adotou uma posição intermediária, que impõe ganhos e perdas às duas concessionárias - Santo Antônio Energia, que tem como principais sócias Furnas e Odebrecht, e Energia Sustentável do Brasil, liderada pela GDF Suez.
A Aneel aprovou o pedido de elevação da cota do reservatório de Santo Antônio de 70,5 metros para 71,3 metros. Na prática, isso significa que a usina terá direito a alagar uma área maior do que a inicialmente prevista, de 350 km² para 430 km², e contará com uma queda dágua mais elevada.
Isso permitirá a instalação de mais seis unidades geradoras e o aumento da garantia física do empreendimento (a energia que pode ser vendida) em 207 MW médios.
Mas a Aneel impôs uma condição. Essa alteração no eixo de Santo Antônio afeta ganhos adicionais de energia que a usina de Jirau poderia obter no futuro.
Jirau havia feito a mesma solicitação à agência e, com isso, obteve um aumento de 209 MW médios de garantia física. Mantidas as condições do reservatório de Santo Antônio, Jirau poderia, futuramente, ampliar sua garantia física em mais 57,3 MW médios, mas Santo Antônio não teria nenhum ganho.
A agência decidiu, então, adotar como critério a maior capacidade de geração de energia do complexo do Rio Madeira. Com a alteração de Santo Antônio, o sistema como um todo ganharia 150 MW médios a mais - o equivalente ao consumo anual do Estado de Rondônia.