Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou de quarta para sexta-feira, 16 de abril, o prazo limite para entrega de garantias para os consórcios que desejem participar do leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), previsto para 20 de abril.

A agência não explicou o motivo da prorrogação do prazo.

Segundo fontes envolvidas no processo, o governo tenta formar um segundo consórcio para disputar a usina com o único grupo que já confirmou interesse na sua construção, liderado pela Andrade Gutierrez e integrado pela Vale, Neoenergia e Votorantim.

Participaram também de um primeiro processo para integrar consórcios com a Eletrobras, que terá até 49 por cento do empreendimento, OAS, Serveng e Queiroz Galvão, porém elas não confirmam o interesse em disputar a usina.

Camargo Correa e Odebrecht, que eram consideradas certas na disputa, não atenderam à chamada da Eletrobras e informaram não ter interesse no leilão, alegando ausência de condições econômico-financeiras.

A obra foi estimada em 19 bilhões de reais pelo governo e a tarifa-teto do leilão será de 83 reais o megawatt-hora, preço criticado pelos investidores por ser considerado insuficiente para ter retorno financeiro.

O início da geração está previsto para fevereiro de 2015, quando deve começar a operação da primeira das duas máquinas da casa de força. A segunda máquina está prevista para 2019. A capacidade total da usina será de 11.233 megawatts, com 4.571 megawatts médios de energia assegurada, ou seja, energia que poderá ser comercializada pelo consórcio vencedor.