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Analista antiterrorista adverte do risco de novos atentados na UE

Segundo o especialista, os ataques seriam "de imitação ou de apoio" ao duplo atentado ocorrido na sexta-feira passada na Noruega

Bombeiros na área próximo a sede do governo da Noruega, onde ocorreu uma explosão: duplo atentado deixou 76 mortos (Roald Berit/AFP)

Bombeiros na área próximo a sede do governo da Noruega, onde ocorreu uma explosão: duplo atentado deixou 76 mortos (Roald Berit/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 10h07.

Bruxelas - Um alto cargo antiterrorista comunitário advertiu nesta quinta-feira do "grande risco" de um ataque terrorista "de imitação ou de apoio" na União Europeia (UE) ao duplo atentado ocorrido na sexta-feira passada na Noruega.

"Um grande risco é que alguém tente realizar na UE um atentado de imitação ou de apoio", declarou Timothy Jones, conselheiro principal do coordenador antiterrorista dos 27, Gilles de Kerchove.

"É claramente uma possibilidade, a questão é saber "como e onde aconteceria o ataque e se é detectável ou não", disse Jones após participar em reunião de especialistas em terrorismo da UE e da Noruega, na qual se tratou o duplo atentado ocorrido no país escandinavo.

No encontro se debateu formas de como melhorar a coordenação entre as autoridades dos Estados-membros para prevenir novos ataques deste tipo.

Entre as medidas concretas está a restrição da venda de produtos químicos que possam empregar-se para fabricar explosivos, e um maior controle da venda de armas.

Embora já existam normativas europeias em ambos âmbitos, "no futuro poderiam ser discutidas novas medidas", assinalou Jones. Outro ponto importante é "entender os processos psicológicos e sociológicos que fazem com que alguém traduza suas ideias políticas extremas em violência", destacou o analista comunitário.

"Não é a primeira vez que isto ocorre, mas é muito difícil compreender os fatores que intervêm neste processo", disse Jones, que acrescentou que se aprofundasse em dito campo "poderiam surgir novos ataques".

Os analistas dos 27 já tinham reconhecido a "ameaça" de novos ataques vinculados a grupos extremistas, "embora ninguém esperava um da escala do da Noruega", assinalou Jones.

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