Humberto Costa disse que as gravações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, serão tratadas de forma "relativa" (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2012 às 13h20.
Brasília - O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo de cassação por quebra de decoro do mandato da senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), disse que a ausência do advogado Ruy Cruvinel na audiência pública de hoje (22) praticamente não interfere no parecer que pretende apresentar ao conselho em junho. Ele frisou que a análise desse processo é política e independe de provas consolidadas como ocorre na Justiça. Ruy Cruvinel seria uma das testemunhas de defesa do senador Demóstenes Torres.
Logo após a reunião, em entrevista coletiva, Humberto Costa disse que as gravações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, serão tratadas de forma "relativa". "Vou tratar como fatos notórios, daí porque não teria necessidade de realizar provas, fazer perícias", acrescentou.
A ausência do advogado Ruy Pimenta, primeira testemunha de defesa que iria depor no conselho, em nada alterará o calendário de entrega do parecer estabelecido por Humberto Costa. "Para nós não muda nada a ausência dessas pessoas, ao contrário, eu acho que elas terminam por prejudicar o próprio senador Demóstenes", disse o relator.
O segundo convidado para depor em favor de Demóstenes Torres é o próprio Carlinhos Cachoeira. A audiência está marcada para amanhã (23), às 14 horas, mas ele não é obrigado a comparecer. Já na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga o envolvimento de agentes públicos e privados com Cachoeira, ele foi convocado a depor. A sessão está marcada para as 14h de hoje (22).