Robel Phillipos: ele assinou uma confissão por escrito admitindo que esteve no quarto de Tsarnaev, após um interrogatório do FBI (Brian Snyder/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h24.
Boston - Um júri dos Estados Unidos condenou nesta terça-feira o amigo de faculdade de um dos suspeitos de realizar um ataque a bomba contra a Maratona de Boston, em 2013, por ter mentido às autoridades em uma investigação sobre terrorismo.
Robel Phillipos, de 21 anos, foi acusado de ter mentido sobre uma visita ao dormitório do suspeito Dzhokhar Tsarnaev três dias após o ataque de 2013 que matou três pessoas e deixou mais de 260 feridos.
Phillipos e dois amigos retiraram do quarto do suspeito uma mochila que tinha cápsulas vazias de fogos de artifício.
Phillipos, de Cambridge, no Estado de Massachusetts, foi julgado em Boston por duas acusações criminais de ter mentido para os investigadores, uma por ter dito que não se lembrava da visita e outra por negá-la. Ele mais tarde assinou uma confissão por escrito admitindo que esteve no quarto de Tsarnaev, após um interrogatório do FBI.
Ele pode ser condenado a até 16 anos de prisão quando for sentenciado, em 29 de janeiro. Até lá, Phillipos permanecerá em prisão domiciliar.
Os advogados de Phillipos alegaram que seu cliente estava sob efeito de maconha no dia da visita ao dormitório de Tsarnaev e que não tinha lembrança de suas ações em 18 de abril de 2013, e por isso não estava mentindo.
Durante sete dias de depoimentos, vários agentes do FBI disseram que Phillipos fez declarações contraditórias sobre a visita ao quarto de Tsarnaev na Universidade de Massachusetts, antes de assinar um comunicado afirmando que esteve no local. Entre os dois amigos que o acompanharam, ambos estudantes de intercâmbio cazaques, Azamat Tazhayakov foi condenado em julho e Dias Kadyrbayev confessou em agosto ter pego a mochila no quarto durante uma busca pelo suspeito.
Tsarnaev, de 21 anos, aguarda julgamento para acusações que podem resultar em pena de morte. Seu irmão, que promotores afirmam que o ajudou a realizar o ataque, morreu após uma troca de tiros com a polícia na noite de 18 de abril de 2013.