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América Latina pede financiamento antes de acordo do clima

Ministro de Meio Ambiente do Equador expressou diante do plenário da COP a posição comum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos


	América latina: mudanças climáticas, disse o ministro, comprometem chances que países têm "de erradicar a pobreza e alcançar o desenvolvimento"
 (Stephane Mahe / Reuters)

América latina: mudanças climáticas, disse o ministro, comprometem chances que países têm "de erradicar a pobreza e alcançar o desenvolvimento" (Stephane Mahe / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 09h10.

A América Latina se declarou nesta terça-feira, em Paris, a favor de um acordo juridicamente vinculante contra as mudanças climáticas e que limite a entre 1,5ºC e 2ºC o aquecimento do planeta, canalizando do Norte o financiamento e a tecnologia para alcançar essa meta.

O ministro de Meio Ambiente do Equador, Daniel Ortega Pacheco, expressou diante do plenário da conferência sobre o clima a posição comum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).

Ortega convocou os países desenvolvidos a cumprirem com seus compromissos em matéria de "financiamento e fornecimento de recursos e tecnologia" no período anterior a 2020, ano em que entrará em vigor o acordo negociado em Paris, e manter a continuidade do fundo de adaptação às mudanças climáticas para além desta data.

As mudanças climáticas, sustentou o ministro, comprometem as chances que os países da região têm "de erradicar a pobreza e alcançar o desenvolvimento".

Insistiu na necessidade de que o acordo de Paris forneça "uma resposta efetiva, apropriada e justa" às mudanças climáticas através de um instrumento "juridicamente vinculante e aplicado a todas as partes".

Neste sentido, também destacou o "princípio de responsabilidade comum, mas diferenciada" que deve, segundo ele, regir o acordo.

Ou seja, os países que se desenvolveram após mais de um século de emissão de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas devem assumir sua responsabilidade em ajudar os do Sul que se encontram em etapas anteriores de desenvolvimento.

Este princípio de "diferenciação" - disse o ministro equatoriano - deve ser aplicado "a todos os elementos do acordo".

Sua colega uruguaia Eneida de León reafirmou a posição do país sul-americano a favor de um acordo e exigiu, em particular, que o mesmo leve em conta as particularidades da atividade agrícola e de gado causadoras de emissões biológicas para as quais não existem até o momento mecanismos tecnológicos de mitigação, em um setor crucial para a alimentação do planeta.

A posição da América Latina foi reafirmada enquanto os ministros de 195 países que participam da conferência de Paris se encontravam na reta final visando um acordo capaz de evitar uma catástrofe ecológica no planeta.

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