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América Latina lamenta derrota de Hillary

Na Argentina, onde o presidente Mauricio Macri retomou a relação com os EUA em dezembro, a derrota de Hillary foi considerada uma decepção

Mauricio Macri: governo argentino se diz decepcionado com a derrota de Hillary (Elza Fiuza/ Agência Brasil/Fotos Públicas/Agência Brasil)

Mauricio Macri: governo argentino se diz decepcionado com a derrota de Hillary (Elza Fiuza/ Agência Brasil/Fotos Públicas/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 12h42.

Buenos Aires - A surpreendente vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas acertou em cheio a maioria dos países da América Latina, que apostavam em uma vitória da democrata Hillary Clinton para acentuar os laços comerciais e diplomáticos dos últimos anos.

Com suas declarações ofensivas contra os latinos e anúncios protecionistas, o magnata republicano despertou preocupação em vários líderes da região sobre o futuro das relações com os Estados Unidos e dos acordos comerciais.

"Ele questionou as políticas de imigração, as políticas comerciais, os acordos de livre comércio, as políticas de segurança. Há grandes interrogações que se abrem", disse o chanceler chileno, Heraldo Muñoz. "No entanto, é preciso se entender com Trump e dialogar com ele".

Na Argentina, onde o presidente Mauricio Macri retomou a relação com os EUA depois de chegar ao governo em dezembro, a derrota de Hillary foi considerada uma decepção.

"Uma pena não ver uma mulher tão capaz eleita para essa importante responsabilidade", destacou a chanceler Susana Malcorra em sua conta no Twitter.

O México foi o país com o qual o presidente eleito gerou as maiores controvérsias. Durante a campanha, Trump ameaçou deportar milhões de imigrantes mexicanos ilegais, muitos dos quais ele descreveu como estupradores e traficantes de drogas, além de falar em construir um muro na fronteira dos dois países que deveria ser pago pelo México.

"Agora entramos em uma nova etapa, a etapa em que todos temos que trabalhar juntos para levar adiante essa situação e creio que o país tem instrumentos, aliados. Não estamos sozinhos", disse o subsecretário mexicano de Relações Externas, Carlos de Icaza, à rede Televisa.

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