Mudança é o resultado de uma alta da fatura de matérias-primas latino-americanas (.)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2010 às 15h37.
Madri - A América Latina e o Caribe registraram em 2009 um superávit de 8,5 bilhões de euros (10,5 bilhões de dólares) em suas transações com a União (UE), revertendo a tendência de 2000, segundo dados da agência Eurostat, que indicam, além disso, que o Brasil é o principal sócio comercial dos 27 países do bloco.
Entre 2000 e 2009, as exportações dos 27 países da União Europeia (UE) para a América Latina aumentaram de 59 bilhões a 65 bilhões de euros, menos que suas importações, que passaram de 54 bilhões a 74,4 bilhões de euros, afirma a agência europeia de estatísticas.
Desta forma, a balança comercial europeia com os 33 países da América Latina e do Caribe (ALC) passou de um superávit de 5 bilhões de euros em 2000 a um déficit de 8,5 bilhões em 2009.
Esta mudança é o resultado de uma alta da fatura de matérias-primas latino-americanas, enquanto que o excedente em produtos manufaturados foi estável. A região ALC representou pouco mais de 6% do total do comércio externo de bens da UE em 2009, segundo a Eurostat.
O Brasil é o maior sócio comercial da UE e o principal destino das exportações do bloco em 2009 (33% do total), seguido do México (24%).
A primeira fonte de importações do bloco foi igualmente o Brasil (34%), seguido do México (13%) e da Argentina (11%).
Entre os Estados membros da UE, a Alemanha é o primeiro sócio comercial da região ALC e, de longe, o principal exportador dos 27, com um total de 18,5 bilhões de euros no ano passado, ou seja, 28% do total, seguido da Itália (13%), França (12%) e Espanha (11%).