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Ameaças ocidentais mostram má vontade na trégua, diz Rússia

Acordo de cessar-fogo no leste da Ucrânia foi assinado pelo governo de Kiev e os rebeldes após negociações mediadas por Rússia, França e Alemanha

O chanceler russo Serguei Lavrov: "por trás dos apelos se esconde a má vontade destes protagonistas, Estados Unidos e União Europeia, a respeito da aplicação do que ficou acordado em Minsk" (Yuri Kadobnov/AFP)

O chanceler russo Serguei Lavrov: "por trás dos apelos se esconde a má vontade destes protagonistas, Estados Unidos e União Europeia, a respeito da aplicação do que ficou acordado em Minsk" (Yuri Kadobnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 09h27.

Moscou - As ameaças de sanções contra a Rússia mostram a "má vontade" dos Estados Unidos e da União Europeia para respeitar os acordos de paz sobre a Ucrânia assinados em Minsk, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"Por trás dos apelos se esconde a má vontade destes protagonistas, Estados Unidos e União Europeia, a respeito da aplicação do que ficou acordado em Minsk em 12 de fevereiro", disse Lavrov, em uma referência ao acordo de cessar-fogo no leste da Ucrânia assinado pelo governo de Kiev e os rebeldes após negociações mediadas por Rússia, França e Alemanha.

"Os ocidentais tentam atiçar a histeria pública e desviar a atenção sobre a necessidade de implementar os acordos de Minsk", completou.

"Todo o mundo entende perfeitamente que não existe um cessar-fogo ideal", disse Lavrov, antes de recordar que a Organização para a Cooperação e a Segurança na Europa (OSCE) informou uma redução da intensidade dos combates nos últimos dias.

O governo dos Estados Unidos não descartou na semana passada a adoção de sanções adicionais contra Moscou, ao denunciar as "mentiras" da Rússia sobre seu envolvimento no conflito na Ucrânia.

Os europeus também examinariam novas medidas punitivas no caso de novos ataques dos rebeldes pró-Rússia contra o porto ucraniano de Mariupol, afirmou na quarta-feira o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius.

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