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Ameaça terrorista no Reino Unido é a maior desde 2011

A polícia e os Serviços Secretos britânicos frustraram, nos últimos 12 meses, seis conspirações terroristas e a ameaça está aumentando


	Soldados do Reino Unido: o governo britânico prepara um projeto de lei que dará mais poderes aos Serviços de Informações para a vigilância das comunicações eletrônicas
 (Oli Scarff/Getty Images)

Soldados do Reino Unido: o governo britânico prepara um projeto de lei que dará mais poderes aos Serviços de Informações para a vigilância das comunicações eletrônicas (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 08h27.

A ameaça terrorista contra o Reino Unido está no nível mais alto desde o 11 de Setembro de 2001, afirmou hoje (17) o diretor dos Serviços Secretos britânicos MI5, Andrew Parker, em entrevista à BBC.

A polícia e os Serviços Secretos britânicos frustraram, nos últimos 12 meses, seis conspirações terroristas e a ameaça está aumentando, disse Parker.

“É o número mais alto de que me lembro em 32 anos de carreira e, certamente, o mais alto desde o 11 de Setembro”, acrescentou.

Parker defendeu a necessidade de novos poderes para o controle das comunicações, lembrando que os terroristas utilizam cada vez mais a internet para se comunicar. Ele disse que o MI5 não quer “espiar a vida” dos cidadãos.

O governo britânico prepara um projeto de lei que dará mais poderes aos Serviços de Informações para a vigilância das comunicações eletrônicas. Organizações defensoras dos direitos civis manifestam restrições à medida.

Segundo Parker, a ameaça terrorista continua a crescer, principalmente pela situação na Síria. “Eles estão utilizando aplicações seguras e comunicações pela internet para enviar suas mensagens e incitar atos de terrorismo entre as pessoas que vivem aqui”, observou.

O objetivo do MI5, lembrou o diretor, é vigiar “onde podem estar os terroristas e como se movimentam”, o que é difícil atualmente pela codificação das comunicações e os limites à vigilância eletrônica.

Andrew Parker defendeu que a ação dos serviços secretos se desenvolva sempre no âmbito legal, mas pediu legislação clara e transparente sobre o que os serviços de informação podem fazer.

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