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Alta nas vendas em Miami aquece mercado imobiliário

Baixos preços, que chegaram a cair 18% em 2010, fizeram comercialização de propriedades aumentar 43% no mesmo ano

Casa à venda nos EUA: apenas em dezembro, foram 985 propriedades compradas em Miami (Scott Olson/AFP)

Casa à venda nos EUA: apenas em dezembro, foram 985 propriedades compradas em Miami (Scott Olson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 21h42.

Miami - A venda de imóveis em condomínios de Miami teve um aumento de 43% em 2010, com uma forte demanda atraída pelos baixos preços, dados que "incentivam" uma pronta melhora do mercado imobiliário local castigado pela crise hipotecária, informaram nesta sexta-feira fontes do setor.

Os preços dos condomínios em Miami caíram, em 2010, 18% a mais em comparação aos preços de 2009, segundo a Associação de Imobiliárias de Miami.

Essa diminuição nos valores levou as vendas fechadas no último ano a totalizarem 9.778 condomínios, 43% a mais do que no ano anterior (6.854).

"Os dados de vendas de dezembro e de todo o ano de 2010 são muito encorajadores", disse Jack Levine, presidente da Associação de Corretores de Miami.

"O aumento das vendas mostra a existência da demanda por propriedades locais e reflete uma significativa melhora em comparação com os anos anteriores", comentou.

Apenas em dezembro, foram vendidas em Miami 985 propriedades, 29% a mais em relação ao mesmo período de 2009, com 766 operações.

Comparando as vendas de 2010 com as registradas em 2008, em plena crise imobiliária e, por isso, com pouquíssimas transações, a taxa de aumento chega a 114%, de acordo com a entidade.

Analistas imobiliários destacam que, apesar destes dados encorajadores, a grande quantidade de imóveis que entram no mercado continuará jogando os preços lá embaixo em 2011.

Cerca de cinco mil propriedades, incluindo casas, condomínios e imóveis comerciais, caem nas mãos dos bancos por hipotecas não pagas na região de Miami e arredores todos os meses, segundo o site especializado Condovultures Realty, que tem atualmente uma base de dados com 236 mil unidades embargadas no sul da Flórida.

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