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Alta do petróleo ameaça crescimento, diz Fed

Ben Bernanke avisou que o Fed tomará providências caso a alta do petróleo pressione a inflação nos EUA

Ben Bernanke, presidente do Fed, o banco central norte-americano (Brendan Hoffman/Getty Images)

Ben Bernanke, presidente do Fed, o banco central norte-americano (Brendan Hoffman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 14h01.

Washington - O recente aumento dos preços do petróleo pode gerar uma "alta temporária e relativamente modesta" da inflação, disse nesta terça-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke.

Em um comparecimento ao Congresso, Bernanke afirmou que se a inflação for ameaçada pelo aumento do petróleo, que ultrapassou na semana passada os US$ 100 por barril, a autoridade monetária "responderá como for necessário".

"O crescimento econômico e a estabilidade de preços podem ser afetados se (o aumento do petróleo) se mantiver no médio prazo", revelou Bernanke em seu comparecimento na Câmara de Representantes.

"No entanto, (a alta de preços do petróleo) não representa ainda um risco significativo de inflação", precisou.

Ressaltou que, por enquanto, a inflação nos Estados Unidos está controlada graças ao fato da "alta de preços das matérias-primas ter sido equilibrada pela estabilidade dos custos trabalhistas".

O presidente do Fed se mostrou confiante com "o maior ritmo" de crescimento da economia dos EUA para 2011, que ficou entre 3,5% e 4%, impulsionado pelo "aumento da confiança das famílias e os negócios e a melhoria das condições de crédito".

Bernanke lembrou, no entanto, durante seu discurso que o Fed tem duplo mandato de controle de preços e criação de emprego.

Embora Bernanke tenha confirmado perceber razões para "otimismo" no próximo ano, reconheceu que "poderia levar anos para que a taxa de desemprego volte ao nível normal".

O presidente do Fed ressaltou que embora em 2010 tenham sido criados 1 milhão de postos de trabalho, o número é "apenas suficiente para assimilar os novos graduados e outros membros da força de trabalho".

As últimas previsões do Fed situam a taxa de desemprego para finais de 2012 entre 7,5% e 8%, contra 9%.

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