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Aloysio: Resposta da Nicarágua sobre morte de estudante é insuficiente

Raynéia Lima foi baleada quando voltava de carro para sua casa em Manágua, por volta da meia-noite de segunda 23, disse reitor da Universidade Americana

Aloysio Nunes: ministro disse que vai insistir no caso "porque nos parece um assunto absolutamente inaceitável" (Agência Brasil)

Aloysio Nunes: ministro disse que vai insistir no caso "porque nos parece um assunto absolutamente inaceitável" (Agência Brasil)

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AFP

Publicado em 27 de julho de 2018 às 16h34.

O Brasil considerou "extremamente insuficientes" as informações entregues pela Nicarágua sobre a morte a tiros de uma estudante brasileira durante os protestos contra o presidente Daniel Ortega, disse o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

Após a morte, na segunda-feira (23), de Raynéia Lima, uma estudante de medicina de 32 anos, Brasília convocou o embaixador da Nicarágua no país para receber informações sobre os eventos e logo em seguida ligou para seu embaixador em Manágua para consultas.

"As informações entregues até agora são extremamente insuficientes. A informação fornecida pelo governo da Nicarágua é que "o autor do tiroteio" foi um segurança particular, disse Nunes à estatal Agencia Brasil, em Joanesburgo, onde participa de uma cúpula do grupo de potências emergentes BRICS.

"Quem foi? Qual era o calibre da arma? Em que circunstâncias ocorreu? Não houve até agora um esclarecimento desse episódio e vamos insistir porque nos parece um assunto absolutamente inaceitável", enfatizou o diplomata.

Lima, que cursava o último ano de medicina, foi baleada quando voltava de carro para sua residência no sudoeste de Manágua, por volta da meia-noite de segunda-feira, disse à AFP o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina.

Segundo testemunhas, paramilitares dispararam contra seu carro. Ela foi levada por seu namorado para o hospital, mas "as feridas era fatais" e ela faleceu durante a madrugada, segundo o depoimento de Medina.

Nunes reiterou a rejeição do Brasil pelo abuso da força de grupos uniformizados e paramilitares relacionados ao governo para reprimir os protestos contra Ortega, que deixou mais de 300 mortos desde abril.

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