Mundo

Aloysio nega que Trump tenha falado com Temer sobre militares na Venezuela

Chanceler afirmou que ideia de uma ação militar na Venezuela nunca foi trazida para ele ou para o presidente por autoridades do governo norte-americano

Nunes: "a política externa brasileira privilegia o diálogo e a negociação" (Senado/Divulgação)

Nunes: "a política externa brasileira privilegia o diálogo e a negociação" (Senado/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2018 às 17h00.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, informou nesta quinta-feira, 5, que a ideia de uma ação militar na Venezuela nunca foi trazida para ele ou para o presidente Michel Temer por autoridades do governo norte-americano. Segundo a imprensa internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria discutido o assunto com assessores e também com alguns líderes da região.

"Trump nunca falou com o presidente Temer sobre isso", afirmou Aloysio. Ele acrescentou que o tema tampouco foi levantado pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, nas reuniões que manteve no Palácio do Planalto e no Itamaraty.

"E isso, para nós, está absolutamente fora de questão", afirmou o chanceler. Ele já havia declarado, em agosto do ano passado, que o Brasil não apoiaria uma ação militar dos EUA na Venezuela. "O tempo do big stick já passou", disse à época. A política externa brasileira privilegia o diálogo e a negociação.

Aloysio falou rapidamente à reportagem por telefone. Ele se encontra em Chicago (EUA) para uma reunião de coordenação das embaixadas e consulados brasileiros na América do Norte. Um tema central é o acompanhamento das crianças que se encontram em abrigos, separadas de seus pais, detidos por migração irregular.

Acompanhe tudo sobre:Aloysio NunesDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Michel TemerVenezuela

Mais de Mundo

Propostas econômicas de Trump preocupam assessores, diz Bloomberg

Biden condena eleições na Venezuela e elogia eleitores por buscar mudança

Milei diz que ONU é 'leviatã' e que Argentina vai abandonar neutralidade histórica

Cápsula de "assistência ao suicídio" causa polêmica na Suíça