Mundo

Aliança opositora visa criação de Estado islâmico na Síria

Uma das maiores alianças armada da Síria, a Frente Islâmica, apresentou um documento que comprova seus planos de criar um Estado muçulmano


	Conflito na Síria: frente islâmica explica que seu objetivo é "derrubar o regime de Bashar al-Assad na Síria para construir um Estado islâmico"
 (.)

Conflito na Síria: frente islâmica explica que seu objetivo é "derrubar o regime de Bashar al-Assad na Síria para construir um Estado islâmico" (.)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 13h21.

Beirute - Uma das maiores alianças armada da Síria, a Frente Islâmica, apresentou um documento nesta quarta-feira que comprova seus planos de criar um Estado muçulmano (baseado na lei de Alá) em caso de uma eventual derrota do regime do presidente Bashar Al-Assad.

No documento, a Frente Islâmica, que agrupa seis facções islamitas e uma curda e cuja criação foi anunciada na última sexta-feira, explica que seu objetivo é "derrubar o regime de Bashar al Assad na Síria para construir um Estado islâmico, com soberania só na lei de Alá, como referente, governante e guia".

Neste sentido, a aliança esclareceu que não participará de nenhum processo político que não reconheça que legislar é um direito somente de Alá e, por isso, expressou sua repulsa em direção à criação de um Estado civil.

No entanto, a Frente Islâmica esclarece que não defende um regime autoritário, mas que visa a criação de um Estado regido pelos princípios da "shura".

O texto ressalta que a aliança não aceita nenhum projeto que inclua uma divisão territorial da Síria ou a formação de uma entidade alheia dentro do país.

Para conseguir seus objetivos, a Frente Islâmica afirma que é preciso reativar a atividade militar armada e mobilizar à sociedade para fortalecer os "mujahedins".

Por outro lado, a aliança se mostra aberta para outras facções que combatem o regime, as quais qualificam como "aliadas", e assinala que tem interesse em manter bons laços com todos os países do mundo que não sejam hostis.

A Frente Islâmica é integrado pelo Movimento dos Livres de Sham (Levante), a Brigada dos Falcões do Sham, a Brigada Al Tauhid (monoteísmo), a Brigada al Haq (direito), os Seguidores do Sham, o Exército do Islã e a Frente Curda.

Os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Síria) e a Frente al Nusra, ambos vinculados à Al Qaeda, não fazem parte da aliança.

No texto, a Frente Islâmica diz que seu método, sua existência e sua legitimidade provêm do islã, já que adota as ideias e visões do Corão e dos ditos do profeta Maomé.

Segundo o texto, a "Frente Islâmica é uma entidade independente, que nasceu em território sírio e que não depende de nenhum setor externo, seja organização, Estado ou corrente. A aliança é formada com grupos que trabalham no terreno".

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadIslamismoPolíticosSíria

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia