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Aliados da esquerda vão a Cuba para dar adeus a Fidel

Fidel Castro, que entregou o poder a seu irmão, Raúl Castro, uma década atrás devido a problemas de saúde, morreu na sexta-feira, aos 90 anos de idade

Fidel Castro: Cuba decretou nove dias de luto após sua morte, incluindo a manifestação da noite desta terça-feira na Praça da Revolução (Andres Stapff/Reuters)

Fidel Castro: Cuba decretou nove dias de luto após sua morte, incluindo a manifestação da noite desta terça-feira na Praça da Revolução (Andres Stapff/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 09h32.

Havana - Líderes dos aliados da esquerdas de Cuba e de outros países em desenvolvimento foram a Havana nesta terça-feira para uma manifestação em massa em homenagem a Fidel Castro, o líder que comandou a revolução de 1959 e governou a ilha durante meio século.

Fidel, que entregou o poder a seu irmão caçula, Raúl Castro, uma década atrás devido a problemas de saúde, morreu na sexta-feira, aos 90 anos de idade, deixando para trás um legado controverso.

Para muitos, especialmente na América Latina e na África, ele era um símbolo de resistência ao imperialismo, tendo deposto um ditador apoiado pelos Estados Unidos, e um defensor dos pobres. Outros o criticavam por ser um tirano cujo socialismo levou a economia à ruína.

Cuba decretou nove dias de luto após sua morte, incluindo a manifestação da noite desta terça-feira na Praça da Revolução, mesmo espaço amplo onde Fidel costumava fazer discursos longos e incendiários.

Muitos líderes da esquerda latino-americana, como o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o da Bolívia, Evo Morales, devem comparecer à cerimônia.

Pouco depois de pousar em Havana na noite passada, Maduro celebrou a "força imortal" de Fidel.

Também são esperados vários líderes africanos, como os presidentes do Zimbábue, Robert Mugabe, e da África do Sul, Jacob Zuma. O falecido líder sul-africano Nelson Mandela agradeceu Fidel várias vezes por seus esforços para ajudar a enfraquecer o apartheid em seu país.

Mas poucos líderes das maiores potências mundiais estão a caminho da ilha caribenha, e muitos estão enviando autoridades de segundo escalão ao invés de irem eles mesmos homenagear o homem que construiu um Estado comunista às vistas dos EUA.

Todas as escolas e os escritórios do governo serão fechados nesta terça-feira para que seja mais fácil para os cubanos participarem da cerimônia e de outras atividades em louvor a Fidel, disseram as autoridades locais.

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