Mundo

Aliado dos EUA, Israel coloca exército em alerta após ataque no Iraque

Aliado mais próximo dos EUA no Oriente Médio e principal inimigo regional do Irã, Israel não respondeu publicamente às mortes de Soleimani

Israel: Membros do gabinete de segurança de Netanyahu foram instruídos a não comentar sobre os assassinatos (Hamad Almakt/Reuters)

Israel: Membros do gabinete de segurança de Netanyahu foram instruídos a não comentar sobre os assassinatos (Hamad Almakt/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 10h20.

Última atualização em 3 de janeiro de 2020 às 10h51.

Jerusalém — Israel colocou as Forças Armadas em alerta máximo nesta sexta-feira (03), e o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, interrompeu uma viagem ao exterior após os Estados Unidos terem matado o comandante iraniano Qassem Soleimani, o que desencadeou promessas de vingança do Irã.

Aliado mais próximo dos EUA no Oriente Médio e principal inimigo regional do Irã, Israel não respondeu publicamente às mortes de Soleimani e do chefe da principal milícia iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis, em um ataque dos EUA a Bagdá.

No entanto, o gabinete de Netanyahu confirmou que ele encurtaria uma viagem à Grécia. A estação de rádio do Exército informou que os militares estavam sob alerta máximo e que o ministro da Defesa, Naftali Bennett, se reuniu com chefes das Forças Armadas e da inteligência para "avaliação da situação".

Membros do gabinete de segurança de Netanyahu foram instruídos a não comentar sobre os assassinatos, que a mídia israelense interpretou como uma tentativa de impedir retaliação de representantes e aliados do Irã na região.

Isso inclui o Hezbollah, movimento libanês apoiado por Teerã, e os grupos militantes palestinos Hamas e Jihad Islâmica, em Gaza.

Há muito tempo, Israel considera Soleimani uma grande ameaça. Em agosto de 2019, os militares disseram ter frustrado um ataque da Força Quds, comandada por Soleimani, envolvendo vários drones da Síria.

Israel também o acusou de liderar os esforços da Força Quds para estabelecer um programa de mísseis guiados com precisão para o Hezbollah.

Ataque

Na noite desta quinta-feira (02), o general e herói iraniano Qasem Soleimani e o líder paramilitar iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis morreram em um ataque dos Estados Unidos contra o Aeroporto de Bagdá, três dias após manifestantes pró-Irã tentarem invadir a embaixada americana na capital do Iraque, confirmou o Pentágono.

Segundo o departamento americano de Defesa, a ordem para liquidar Soleimani partiu diretamente de Donald Trump.

“Sob as ordens do presidente, o Exército americano adotou medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal americano e estrangeiro e matou Qasem Soleimani”, informou o Pentágono.

O ataque provocou preocupações em todo o mundo, com pedidos de calma para evitar uma “escalada”, enquanto Teerã promete represálias. O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou “vingar” a morte de Soleimani e decretou três dias de luto nacional.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Irã - PaísIraqueIsrael

Mais de Mundo

Rússia diz ter certeza de que os EUA 'compreenderam' a mensagem após ataque com míssil

Autoridades evacuam parte do aeroporto de Gatwick, em Londres, por incidente de segurança

Japão aprova plano massivo para impulsionar sua economia

Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca de tropas, diz diretor sul-coreano