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Aliado de Trump admite que ajuda à Ucrânia foi condicionada a caso Biden

Embaixador dos EUA na UE diz que falou a autoridades ucranianas que ajuda militar não seria enviada sem informações da investigação sobre Joe Biden

Trump: presidente norte-americano é alvo de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados dos EUA (Leah Millis/Reuters)

Trump: presidente norte-americano é alvo de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados dos EUA (Leah Millis/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 19h31.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 19h33.

Um aliado de alto perfil do presidente americano, Donald Trump, admitiu ter dito a uma autoridade ucraniana que a ajuda militar estava condicionada a investigação por Kiev do adversário democrata de Trump, Joe Biden, segundo um testemunho publicado nesta terça-feira (5).

Gordon Sondland, embaixador dos Estados Unidos na União Europeia, contou ter dito a um alto conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que a ajuda militar americana provavelmente não seria enviada até que Kiev deixasse claro que investigaria os laços de Biden e seu filho com a empresa de energia ucraniana Burisma.

Chefe de gabinete convocado

Os legisladores americanos encarregados do impeachment convocaram nesta terç o chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, que conheceria bem o caso ucraniano, origem do processo.

Mulvaney é o mais recente funcionário ligado a Trump intimado a depor no Congresso, quando a investigação entra em uma nova fase, com a publicação dos testemunhos já realizados.

O chefe de gabinete interino é o mais alto funcionário da Casa Branca a ser citado no caso, mas é pouco provável que compareça para prestar depoimento, seguindo a atual determinação da Casa Branca.

Os presidentes dos três comitês da Câmara de Representantes encarregados do processo de impeachment convocaram Mulvaney para depor na próxima sexta-feira, às 09H00 local (11H00 Brasília).

"A investigação revelou a possibilidade de seu envolvimento direto em um esforço orquestrado pelo presidente Trump, seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, e outros para reter (...) quase 400 milhões de dólares em assistência à segurança para pressionar [a Ucrânia] a realizar investigações que beneficiariam os interesses políticos pessoais do presidente", escreveram os líderes do comitê.

"Seu fracasso ou negativa em comparecer para depor (...) constituirá evidência adicional de obstrução ao processo de impeachment e pode ser usado como uma inferência adversa contra ele e o presidente", advertiram.

Vários funcionários e ex-funcionários ignoraram as citações da Câmara de Representantes e não testemunharam.

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