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Algo não está funcionando no combate à covid-19, admite assessor dos EUA

Declaração do assessor médico do governo Trump foi feita após o aumento de casos de coronavírus no sul e oste dos EUA

EUA: país registra 122.238 mortes por coronavírus (Drew Angerer/Getty Images)

EUA: país registra 122.238 mortes por coronavírus (Drew Angerer/Getty Images)

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AFP

Publicado em 26 de junho de 2020 às 13h09.

Última atualização em 26 de junho de 2020 às 13h11.

O assessor médico da Casa Branca, o doutor Anthony Fauci, admitiu em uma entrevista divulgada nesta sexta-feira (26) pelo jornal The Washington Post que os Estados Unidos deveriam mudar sua estratégia de combate à pandemia de coronavírus, após um aumento dos casos no sul e oeste do país. 

"Algo não está funcionando", disse Fauci, principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, referindo-se à estratégia atual. "Podemos fazer todos os esquemas que quisermos, mas há algo que não está funcionando", acrescentou.

Estados Unidos - país com mais casos fatais de coronavírus com cerca de 122.238 mortes - faz cada vez mais testes e, na quinta-feira, completou cerca de 640.000 diagnósticos em um dia. No entanto, a quantidade de casos confirmados aumenta há algumas semanas na Califórnia, Arizona, Texas e Flórida.

Nos últimos sete dias, foram registrados mais de 216.000 casos em todo o país, o maior recorde semanal desde o início da crise.

"Temos que descobrir onde está a penetração das infecções em nossa sociedade", afirmou o médico.

Uma ideia levantada pelo infectologista é realizar testes em grupo para economizar recursos para os grupos que não forem encontrados casos positivos.

Na quinta-feira, o diretor do Centro de Prevenção e Combate a doenças (CDC), Robert Redfield, afirmou que entre 5% e 8% da população dos Estados Unidos foi infectada pelo coronavírus, segundo estimativas com base em testes sorológicos.

Isso equivale a mais de 20 milhões de pessoas e é dez vezes maior do que estima o saldo oficial.

Nesta sexta, a célula de crise da Casa Branca para administrar a pandemia convocou uma coletiva de imprensa às 16H30 GMT (13h30 no horário de Brasília), na primeira aparição dessa estrutura desde abril.

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