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Alemão condenado a mais de 3 anos de prisão por se unir a EI

Alemão de 20 anos foi condenado a 3 anos e 9 meses de prisão, nesta sexta-feira, depois de admitir que seu uniu a militantes do Estado Islâmico na Síria


	EI: foi o primeiro julgamento na Alemanha de um jihadista local acusado de pertencer ao grupo insurgente
 (AFP)

EI: foi o primeiro julgamento na Alemanha de um jihadista local acusado de pertencer ao grupo insurgente (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 10h46.

Frankfurt - Um alemão de 20 anos foi condenado a 3 anos e 9 meses de prisão, nesta sexta-feira, depois de admitir que seu uniu a militantes do Estado Islâmico na Síria.

Esse foi o primeiro julgamento na Alemanha de um jihadista local acusado de pertencer ao grupo insurgente.

Os juízes decidiram tratar o homem, que é conhecido como Kreshnik B. e nasceu na Alemanha de pais kosovares, como juvenil por sua falta de maturidade.

Eles disseram não haver indícios de que ele tenha participado diretamente em combates durante os seis meses que passou na Síria.

“Sendo jovem, ele não foi capaz de resistir à influência dos amigos islâmicos”, afirmou o juiz principal, Thomas Sagebiel.

Embora ele tenha exibido as atitudes de um islâmico radical, o juíz expressou a esperança de que a pena leve terá o efeito educativo necessário.

Na Alemanha, pessoas entre 18 e 21 anos podem ser enquadradas na lei juvenil se forem consideradas incapazes de mostrar a noção de responsabilidade de um adulto.

A pena foi seis meses menor da que os promotores desejavam, mas acima dos três anos e três meses pleiteados por seu advogado de defesa depois que Kreshnik B., em troca de um tratamento mais brando dos juízes, admitiu ter se juntado ao Estado Islâmico e sido treinado com armas.

Os militantes do Estado Islâmico capturaram vastas porções de território na Síria e no Iraque, decapitaram prisioneiros ocidentais, mataram muitos muçulmanos não-sunitas e declararam um califado governado segundo a sharia, a lei islâmica, no coração do Oriente Médio.

Milhares de voluntários ocidentais foram à Síria e ao Iraque para cerrar as fileiras de grupos militantes, despertando temores na Europa e nos Estados Unidos de ataques cometidos por combatentes na volta para casa, e as autoridades estão apertando o cerco a eles e a financiadores e recrutadores.

Cerca de 550 cidadãos alemães se juntaram ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque, e cerca de 60 deles morreram, alguns como homens-bomba, afirmaram as autoridades. Acredita-se que aproximadamente 180 outros retornaram à Alemanha, e os promotores estão investigando cerca de 300 outros.

No mês passado, juízes franceses condenaram um jihadista que voltou ao país a sete anos de prisão, embora ele só tenha passado 10 dias na Síria sem combater. A Grã-Bretanha sentenciou dois irmãos a penas de quatro e três anos e meio por receberem treinamento na Síria.

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