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Alemanha se prepara para receber 800 mil pedidos de asilo

A Alemanha prevê que receberá, neste ano, um número recorde de "até 800.000 pedidos de asilo", anunciou o ministro do Interior

Refugiados aguardam para receber assistência social em Berlim, Alemanha (Tobias Schwarz/AFP)

Refugiados aguardam para receber assistência social em Berlim, Alemanha (Tobias Schwarz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 21h46.

A Alemanha prevê que receberá, neste ano, um número recorde de "até 800.000 pedidos de asilo", anunciou nesta quarta-feira o ministro do Interior, Thomas de Maizière, que instou a UE a atuar nesta crise migratória.

"Esperamos receber até 800.000 demandantes de asilo", assegurou de Berlim, dizendo que se trata de "um desafio" para a seu país, visto que as últimas previsões para 2015 apontavam menos de 500.000 pessoas.

O número de pedidos de asilo na Alemanha, que já é o maior receptor na União Europeia (UE), à frente da Suécia, pode ser quadruplicado em relação aos 202.000 registrados em 2014.

A chegada de pessoas que fogem de seus países, que já era alta em janeiro, deu um salto com o início do verão (no hemisfério norte): em julho, cerca de 38.000 pessoas apresentaram pedido de asilo, enquanto em apenas 17 dias de agosto o mesmo foi feito por 50.000, de acordo com o ministro.

"Os fluxos migratórios pelo mar Egeu e pelos Bálcãs aumentaram consideravelmente", disse.

Thomas de Maizière apontou, sem dar nomes, os sócios europeus que "não cumprem seus deveres" e não respeitam o direito europeu em matéria de asilo.

Na próxima quinta-feira ele tratará o tema com o seu homólogo francês, Bernard Cazeneuve.

De Maizière advertiu que a Alemanha "não pode dar conta sozinha, como faz agora, de quase 40% dos refugiados e demandantes de asilo que chegam à Europa".

Berlim pede "uma verdadeira política europeia em matéria de asilo", e apoia o estabelecimento de cotas de distribuição de imigrantes entre os Estados-membros, como faz o país em nível regional.

"Precisamos de soluções de curto, médio e longo prazo, tanto aqui como na Europa", insistiu o ministro.

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