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Alemanha renovará regras de isolamento até 3 de maio, diz Merkel

Governo da Alemanha recomenda que cidadãos usem máscaras e informou que escolas vão abrir gradualmente a partir do dia 4 de maio

Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fala sobre coronavírus (Clemens Bilan/Getty Images)

Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fala sobre coronavírus (Clemens Bilan/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 15 de abril de 2020 às 14h25.

Última atualização em 15 de abril de 2020 às 14h31.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta quarta-feira que as regras de distanciamento social para conter a disseminação do coronavírus permanecerão em vigor até pelo menos 3 de maio, mas algumas lojas poderão reabrir na próxima semana.

Falando após conversas com os governadores dos 16 Estados da Alemanha, Merkel disse a repórteres que as medidas trouxeram "um frágil sucesso intermediário" na luta contra a pandemia.

Merkel acrescentou que o governo recomenda que os cidadãos usem máscaras protetoras durante as compras e nos transportes públicos, e que as escolas em todo o país terão permissão para abrir gradualmente a partir de 4 de maio.

Medidas de contenção do novo coronavírus

O gabinete de Merkel já decidiu ampliar os controles de fronteira com Áustria, Suíça, França, Luxemburgo e Dinamarca em 20 dias até o início de maio, disse um porta-voz do Ministério do Interior.

Agora que vários países da União Europeia estão testando maneiras diferentes de amenizar suas restrições, a Comissão Europeia está apelando a seus membros a coordenarem seus esforços e alertou que não fazer isso pode resultar em novos picos de casos.

Especialista em doenças infecciosas dizem que manter escolas, lojas e fábricas fechadas durante quatro semanas trouxe avanços, mas avisam que a epidemia ainda não está contida e que há um longo caminho a ser percorrido até se voltar à vida normal na maior economia da Europa.

Empresas e políticos também estão preocupados com o impacto econômico de um confinamento longo, mas o governo tenta aparar o golpe com uma série de medidas, incluindo um pacote de estímulo de 750 bilhões de euros.

O Ministério da Economia disse que a Alemanha entrou em recessão em março e que a desaceleração provavelmente continuará até meados do ano.

"A demanda global em queda, a interrupção das cadeias de suprimento, as mudanças no comportamento do consumidor e a incerteza entre os investidores estão tendo um impacto enorme na Alemanha", disse a pasta.

O ministério disse que, mesmo que as medidas de distanciamento social forem afrouxadas, a atividade econômica continuará muito contida e só recuperará força gradualmente.

Até 13 de abril, cerca de 725 mil empresas alemãs haviam pedido para reduzir a carga horária, disse o Escritório do Trabalho nesta quarta-feira, um aumento de cerca de 12% em relação à semana anterior.

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