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Alemanha questiona proposta de Trump para que Brasil faça parte da Otan

Governo alemão faz pronunciamento depois de Trump se reunir com Bolsonaro e afirmar que o Brasil poderia se tornar um aliado da organização

Bolsonaro e Trump: Alemanha lembrou que pacto da organização só deve aceitar como aliados os países europeus (Kevin Lamarque/Reuters)

Bolsonaro e Trump: Alemanha lembrou que pacto da organização só deve aceitar como aliados os países europeus (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de março de 2019 às 13h30.

Berlim — O governo da Alemanha afirmou nesta quarta-feira, 20, que o acesso à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está reservado aos países europeus, uma lembrança feita após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter cogitado a hipótese de Brasil passar a fazer parte da aliança militar ocidental.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Maria Adebahr, fez o pronunciamento um dia depois de Trump se reunir com o presidente Jair Bolsonaro e afirmar que o Brasil poderia se tornar um aliado extra-Otan ou, inclusive, integrar a aliança.

Adebahr explicou que o artigo 10 do tratado de fundação da Otan estabelece que "as partes podem, por acordo unânime, convidar para entrar" na aliança "qualquer Estado europeu que esteja em condições de favorecer o desenvolvimento dos princípios do presente tratado e de contribuir para a segurança da região do Atlântico Norte".

Isso não significa que a Alemanha não considera o Brasil como um parceiro importante. "O Brasil, como maior país do continente latino-americano, tem para nós uma especial importância", acrescentou Adebahr.

Por sua vez, o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, lembrou que a aliança já mantém estreitos laços com países fora do espaço da Otan, alguns dos quais "também participam ativamente" em manobras e operações comuns, "embora não sejam membros".

Nesse sentido, Seibert deu como exemplo de aliados externos da Otan a Austrália, a Nova Zelândia e a Mongólia.

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