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Alemanha prepara novas restrições diante da segunda onda de covid-19

Merkel e os presidentes dos 16 estados da federação se reunirão nesta segunda, após uma primeira bateria de restrições imposta no início de novembro

Coronavírus: a Alemanha registrou 12.547 mortes desde o início da pandemia (Sean Gallup / Equipe/Getty Images)

Coronavírus: a Alemanha registrou 12.547 mortes desde o início da pandemia (Sean Gallup / Equipe/Getty Images)

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AFP

Publicado em 16 de novembro de 2020 às 07h52.

O governo alemão quer restringir novamente os contatos sociais, impor o uso de máscara nas escolas e reduzir o tamanho das salas de aula para frear a segunda onda de covid-19, segundo um projeto de acordo ao qual a AFP  teve acesso nesta segunda-feira.

"Precisamos de novos esforços para conter os contágios", afirma o governo de Angela Merkel no documento, que classifica a situação como "muito séria".

A chanceler e os presidentes dos 16 estados da federação se reunirão nesta segunda-feira para fazer um balanço da situação de saúde, após uma primeira bateria de restrições imposta no início de novembro.

Berlim propõe que os alemães limitem os contatos às pessoas que moram na mesma residência e ao máximo de duas pessoas de outro imóvel. Também quer impor o uso generalizado da máscara nas escolas, tanto para os "professores como para os alunos" e inclusive durante as aulas.

Para manter as escolas abertas, o governo contempla dividir as salas em grupos para reduzir a quantidade de alunos. Uma alternativa seria encontrar locais maiores.

O ministro da Economia, Peter Altmaier, sugeriu no fim de semana que as aulas aconteçam em hotéis ou restaurantes, atualmente fechados pela crise de saúde. O governo poderia impor uma "quarentena a domicílio" sistemática para as pessoas que apresentem certos sintomas, como "tosse" ou "catarro".

A Alemanha, que durante a primeira onda de covid-19 se viu relativamente pouco afetada, enfrenta um grande aumento dos contágios há várias semanas. Bares, restaurantes, locais de culto e de lazer devem permanecer fechados por um mês, até o fim de novembro, e os hotéis não podem receber turistas.

Na semana passada foram observados os "primeiros sinais" de melhora na curva de contágios, segundo o instituto de vigilância sanitária Robert Koch.

"Mas o número de infecções ainda é muito elevado", afirmou no domingo o ministro da Economia, Peter Altmaier, que acabou com as esperanças de fim rápido das restrições ao citar "quatro ou cinco meses" de medidas.

A Alemanha registrou 801.327 casos de covid-19, com 10.824 nas últimas 24 horas, e 12.547 mortes desde o início da pandemia.

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