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Alemanha prepara lei para proibir "cura gay"

"A homossexualidade não é uma doença e não precisa de terapia", afirmou o ministro da Saúde que pretende apresentar o projeto de lei até o fim do ano

Alemanha: "As terapias de conversão não curam, mas provocam doenças", afirmou o ministro (Marc Bruxelle/Thinkstock/Thinkstock)

Alemanha: "As terapias de conversão não curam, mas provocam doenças", afirmou o ministro (Marc Bruxelle/Thinkstock/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 11 de junho de 2019 às 13h12.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 13h26.

O ministro alemão da Saúde quer apresentar até o fim do ano um projeto de lei para proibir as supostas "terapias de conversão" da orientação sexual dos homossexuais.

"Sou partidário de proibir estas terapias. Porque a homossexualidade não é uma doença e não precisa de terapia", afirmou o ministro conservador Jens Spahn, gay declarado, em entrevista coletiva.

O ministro apresentará até o fim de 2019 um projeto de lei que será debatido no Parlamento. Em caso de aprovação, a Alemanha se unirá a Malta e a algumas regiões autônomas espanholas que proíbem as práticas.

As terapias são proposta principalmente por grupos religiosos radicais na Alemanha. Quase 1.000 pessoas participam a cada ano, de acordo com a fundação Magnus-Hirschfeld, que defende os direitos da comunidade LGBT.

"As terapias de conversão não curam, mas provocam doenças", afirmou o ministro, que citou os primeiros resultados de uma comissão criada no início do ano.

A comissão, integrada por especialistas, afirmou que acabar com as supostas conversões é "necessário em termos médicos e juridicamente possível".

Entre os depoimentos citados no relatório, uma mulher explicou que um "terapeuta" prescreveu sessões de luminoterapia e conversas de doutrinação. A paciente interrompeu o "tratamento" quando o "especialista" sugeriu eletrochoques.

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