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Alemanha pede a farmacêuticas que não forneçam sedativo aos EUA

Europeus não querem que medicamento sejam usados na execução de presos condenados à morte

Nenhuma empresa dos EUA produz os sedativos (Alcibiades/Wikimedia Commons)

Nenhuma empresa dos EUA produz os sedativos (Alcibiades/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 11h46.

Berlim - O ministro da Saúde alemão, Philipp Rössler, enviou uma circular às indústrias químicas e farmacêuticas do país pedindo e elas que não forneçam aos Estados Unidos sedativos para seu uso na execução de condenados à morte.

Um porta-voz do ministério confirmou nesta segunda-feira o envio da carta por parte de Rössler na qual se pede o boicote à provisão de determinados produtos aos EUA.

A mensagem faz referência à legislação alemã contrária à pena de morte e adverte contra o "uso inadequado" do sedativo tiopental sódico.

Além disso, pede às indústrias do setor que "não se atenda a pedidos" destinados à execução de réus.

No entanto, o ministro admitiu que não há possibilidades legais de proibir uma provisão desse tipo e que só poderia vetar sua exportação mediante uma modificação da legislação sobre comércio exterior, o que compete ao Ministério da Economia.

A companhia farmacêutica Hospira, a única nos Estados Unidos que elabora o medicamento utilizado nas injeções letais para as execuções por pena de morte no país, anunciou na semana passada que interrompeu a produção do sedativo.

A empresa explicou que as autoridades da Itália - país onde a farmacêutica produz o tiopental sódico - requererá à companhia que assegure que o produto não é utilizado em execuções, segundo um comunicado.

A companhia, a única que produzia o sedativo até agora, paralisou a sua produção devido ao fato de os EUA não evitarem seu uso em execuções.

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